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Perspectiva de nota do país depende de retomada, diz Moody's

Confiança mais fraca e performance pior que esperada levaram analistas a repetidamente revisarem para baixo expectativas de crescimento do Brasil, diz relatório

Brasil: Moody's considera que perspectivas de crescimento do país estão presas em "círculo vicioso" (Getty Images/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2014 às 16h02.

São Paulo - A perspectiva para o rating Baa2 do Brasil, que atualmente é estável, deve provavelmente ser determinada pelo sucesso ou não do próximo governo em reverter as tendências econômicas negativas e impulsionar o crescimento do país para mais perto do seu potencial, afirma a agência de classificação de risco Moody's , em relatório.

"Após ter reportado crescimento abaixo do potencial entre 2011 e 2013, a economia brasileira continua tendo dificuldades em 2014 devido ao declínio dos gastos com investimentos, à desaceleração do consumo e à piora do sentimento do investidor", aponta a agência.

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A Moody's considera que as perspectivas de crescimento do Brasil estão presas em um "círculo vicioso", com as expectativas fracas dos investidores e consumidores levando a menos investimentos e crescimento econômico, o que consequentemente motiva um maior sentimento negativo.

O relatório afirma que a confiança mais fraca e a performance pior que a esperada levaram analistas a repetidamente revisarem para baixo suas expectativas de crescimento para o Brasil, que se aliaram com as visões da comunidade empresarial.

"A deterioração das expectativas econômicas é mais um desafio que o governo enfrentará no decorrer do ano. Além disso, a deterioração também vai complicar as questões para o próximo governo, já que as condições negativas devem persistir por pelo menos os próximos meses", avalia a agência.

Segundo a Moody's, o próximo governo precisará estruturar uma agenda de políticas econômicas que incorpore mudanças substanciais para resolver preocupações dos investidores tanto com a economia quanto com a possibilidade de mais quatro anos dos mesmos problemas.

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