Mercados

Ministros da zona do euro devolvem proposta grega, dizem fontes

A oferta, que foi negociada entre o governo grego e investidores privados, sugeriu um cupom médio sobre os novos títulos gregos de 4 por cento

Além do cupom, ou taxa de juros, os ministros das Finanças da zona do euro também pediram aos negociadores uma revisão dos aspectos do acordo (Louisa Gouliamaki/AFP)

Além do cupom, ou taxa de juros, os ministros das Finanças da zona do euro também pediram aos negociadores uma revisão dos aspectos do acordo (Louisa Gouliamaki/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2012 às 23h04.

Bruxelas - Os ministros das Finanças da zona do euro mandaram de volta para mais negociações uma oferta apresentada pelos credores da Grécia de reestruturação da dívida, a fim de chegar a um cupom menor sobre os novos bônus gregos, assim como outros aspectos da proposta, disseram autoridades.

"Os ministros enviaram a oferta de volta para negociações", disse uma autoridade da zona do euro com conhecimento das conversas nesta segunda-feira, enquanto ministros se reuníam em Bruxelas, na Bélgica.

A oferta, que foi negociada entre o governo grego e investidores privados no Instituto de Finanças Internacionais na semana passada, sugeriu um cupom médio sobre os novos títulos gregos de 4 por cento.

Os novos bônus, que provavelmente terão vencimento de 30 anos, substituiriam a dívida grega existente.

"Os ministros querem um cupom menor do que aquele que foi apresentado na oferta", disse a autoridade.

Uma segunda autoridade envolvida nas conversações ministeriais confirmou que a proposta dos credores privados havia sido devolvida para a reconsideração do cupom.

Além do cupom, ou taxa de juros, os ministros das Finanças da zona do euro também pediram aos negociadores uma revisão dos aspectos do acordo, incluindo o tamanho do prejuízo dos investidores privados.

A primeira autoridade também disse que não havia conversações para aumentar os 130 bilhões de euros de financiamento para a Grécia sob um segundo pacote de resgate acordado em outubro.

A autoridade garantiu que a meta ainda era alcançar a sustentabilidade da dívida grega em 2020 com uma proporção dívida/PIB de 120 por cento, mas que a cifra já não era muito precisa e poderia ser ligeiramente mais alta.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaCrises em empresasDívida públicaEuropaGréciaPiigs

Mais de Mercados

"Não faz sentido correr risco com esse nível de juros", diz maior fundo de pensão do Nordeste

Ações da Usiminas (USIM5) caem 16% após balanço; entenda

"Se tentar prever a direção do mercado, vai errar mais do que acertar", diz Bahia Asset

"O dólar é o grande quebra-cabeça das políticas de Trump", diz Luis Otavio Leal, da G5 Partners

Mais na Exame