Nem reajuste de preços ajudaria ação da Petrobras, diz banco
Merrill Lynch cortou a recomendação e o preço justo para os recibos de ações negociados no mercado americano
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2012 às 10h20.
São Paulo - Analistas do Bank of America Merrill Lynch rebaixaram sua recomendação para as ações da Petrobras de “compra” para “neutro”. O ajuste, segundo relatório enviado hoje a clientes, foi feito por causa dos riscos que a companhia corre pela demora em reajustar o preço dos combustíveis.
Além de alterar a recomendação, os analistas Frank McGann e Conrado Verger cortaram o preço justo para os recibos de ações da Petrobras negociados no mercado americano de US$ 30 para US$ 23.
De acordo com a Merrill Lynch, a visão pessimista sobre a estatal se deve “à preocupação com a falta de reajuste de preços para os produtos refinados (gasolina e diesel), que provavelmente deve limitar os lucros e o fluxo de caixa da companhia, além de reduzir sua flexibilidade operacional e financeira pelos próximos 12 meses”.
E mesmo que a Petrobras aprovasse hoje um reajuste, para a Merrill Lynch, a empresa ainda teria problemas, dada a deterioração de seu balanço nos últimos dois trimestres.
Entre abril e junho, a Petrobras registrou prejuízo de R$ 1,3 bilhão, boa parte devido a dificuldades com a excessiva valorização do real em relação ao dólar. Já no terceiro trimestre, a estatal lucrou 12% a menos do que no mesmo período do ano passado.
Os analistas afirmam ainda que a falta de perspectiva sobre o reajuste de preços de combustíveis deve prejudicar o nível de investimentos da companhia, impactando na distribuição de dividendos.
No relatório, entretanto, o banco faz uma ressalva. No curto prazo, a perspectiva continua sendo pessimista. Os analistas afirmam que, se um reajuste for anunciado, as ações da Petrobras podem subir, mas esse movimento não será permanente. “Se isso não vier combinado a uma gestão que dê sinais de uma estratégia financeira convincente, achamos que o mercado continuará cético, e os papéis continuarão derrapando.”
As perspectivas para o longo prazo, porém, “continuam ótimas”, de acordo com os analistas. “A companhia tem uma das mais excitantes histórias de crescimento no longo prazo, dentre todas as empresas do setor no mundo, mas ainda estamos aguardando uma mensagem mais consistente por parte da Petrobras”, diz o relatório.
São Paulo - Analistas do Bank of America Merrill Lynch rebaixaram sua recomendação para as ações da Petrobras de “compra” para “neutro”. O ajuste, segundo relatório enviado hoje a clientes, foi feito por causa dos riscos que a companhia corre pela demora em reajustar o preço dos combustíveis.
Além de alterar a recomendação, os analistas Frank McGann e Conrado Verger cortaram o preço justo para os recibos de ações da Petrobras negociados no mercado americano de US$ 30 para US$ 23.
De acordo com a Merrill Lynch, a visão pessimista sobre a estatal se deve “à preocupação com a falta de reajuste de preços para os produtos refinados (gasolina e diesel), que provavelmente deve limitar os lucros e o fluxo de caixa da companhia, além de reduzir sua flexibilidade operacional e financeira pelos próximos 12 meses”.
E mesmo que a Petrobras aprovasse hoje um reajuste, para a Merrill Lynch, a empresa ainda teria problemas, dada a deterioração de seu balanço nos últimos dois trimestres.
Entre abril e junho, a Petrobras registrou prejuízo de R$ 1,3 bilhão, boa parte devido a dificuldades com a excessiva valorização do real em relação ao dólar. Já no terceiro trimestre, a estatal lucrou 12% a menos do que no mesmo período do ano passado.
Os analistas afirmam ainda que a falta de perspectiva sobre o reajuste de preços de combustíveis deve prejudicar o nível de investimentos da companhia, impactando na distribuição de dividendos.
No relatório, entretanto, o banco faz uma ressalva. No curto prazo, a perspectiva continua sendo pessimista. Os analistas afirmam que, se um reajuste for anunciado, as ações da Petrobras podem subir, mas esse movimento não será permanente. “Se isso não vier combinado a uma gestão que dê sinais de uma estratégia financeira convincente, achamos que o mercado continuará cético, e os papéis continuarão derrapando.”
As perspectivas para o longo prazo, porém, “continuam ótimas”, de acordo com os analistas. “A companhia tem uma das mais excitantes histórias de crescimento no longo prazo, dentre todas as empresas do setor no mundo, mas ainda estamos aguardando uma mensagem mais consistente por parte da Petrobras”, diz o relatório.