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Mercados mostram indefinição atentos a Europa

São Paulo - Comentários desfavoráveis sobre as negociações para resolver a crise de dívida esfriavam o otimismo recente sobre uma possível estratégia definitiva para lidar com os problemas da região durante o encontro dos líderes da União Europeia em Bruxelas neste fim de semana. Na véspera, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirmou a parlamentares […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2011 às 07h27.

São Paulo - Comentários desfavoráveis sobre as negociações para resolver a crise de dívida esfriavam o otimismo recente sobre uma possível estratégia definitiva para lidar com os problemas da região durante o encontro dos líderes da União Europeia em Bruxelas neste fim de semana.

Na véspera, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirmou a parlamentares que os planos para combater a crise estão paralisados, com Paris e Berlim divergindo sobre como aumentar o poder de fogo do fundo de resgate da região.

A França argumenta que o modo mais eficaz de alavancar o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF) é tranformá-lo num banco, que dessa forma poderia ter acesso a financiamentos do BCE. Mas tanto o Banco Central Europeu quanto o governo alemão se opõem à ideia.

A divulgação de um documento do Ministério de Finanças da Alemanha obtido pela Reuters com as orientações sobre compras de títulos do EFSF, contudo, trouxe algum alento --particularmente no segmento de dívida, mas ajudando a reduzir as perdas nas bolsas e revertendo a queda do euro. Segundo tais diretrizes, o fundo será capaz de comprar bônus no mercado secundário se o país da zona do euro tiver dívida sustentável, respeitar a redução do déficit, não tiver problema de solvência bancária e tiver histórico de custos de financiamento razoáveis.

Às 7h50, o europeu FSTEurofirst 300 reduzia o declínio para 0,67 por cento, enquanto o euro subia 0,4 por cento, a 1,3812 dólar. Nos Estados Unidos, o futuro do S&P 500 subia 0,39 por cento -- 4,70 pontos, uma vez que o índice à vista já havia sofrido na véspera pelos comentários de Sarkozy. Uma série de indicadores econômicos norte-americanos é aguardada, incluindo números de inflação ao consumidor, atividade e do setor imobiliário.

O MSCI para ações globais caía 0,58 por cento e para emergentes, 1,96 por cento. O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão declinava 2,29 por cento. Em Tóquio, o Nikkei encerrou o dia em baixa de 1,03 por cento, enquanto o iene valorizava-se, com o dólar cotado a 76,82 ienes, em baixa de 0,04 por cento. O índice da bolsa de Xangai terminou com queda de 1,94 por cento.

No segmento de commodities, o petróleo do tipo Brent negociado em Londres avançava 0,77 por cento, a 109,23 dólares.


Nas operações eletrônicas em Nova York, o barril era transacionado a 86,50 dólares, com acréscimo de 0,45 por cento.

O cobre perdia 3,12 por cento na City londrina. Nesse cenário, o índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais moedas globais, depreciava-se 0,34 por cento.

No Brasil, o IPCA-15 destaca-se na agenda, um dia após o Copom confirmar previsões de mercado e cortar a Selic a 11,50 por cento. Mauricio Rosal, da Raymond James, elogiou em nota a clientes a decisão do Banco Central e a mensagem do comunicado "mais consistente desta vez, o que deve ajudar a coordenar melhor as expectativas do mercado com relação à trajetória futura tanto da taxa Selic e como da inflação, desde que não haja mudança de curso ao longo do caminho". Ele vê mais cortes moderados à frente.

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São Paulo - Comentários desfavoráveis sobre as negociações para resolver a crise de dívida esfriavam o otimismo recente sobre uma possível estratégia definitiva para lidar com os problemas da região durante o encontro dos líderes da União Europeia em Bruxelas neste fim de semana.

Na véspera, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirmou a parlamentares que os planos para combater a crise estão paralisados, com Paris e Berlim divergindo sobre como aumentar o poder de fogo do fundo de resgate da região.

A França argumenta que o modo mais eficaz de alavancar o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF) é tranformá-lo num banco, que dessa forma poderia ter acesso a financiamentos do BCE. Mas tanto o Banco Central Europeu quanto o governo alemão se opõem à ideia.

A divulgação de um documento do Ministério de Finanças da Alemanha obtido pela Reuters com as orientações sobre compras de títulos do EFSF, contudo, trouxe algum alento --particularmente no segmento de dívida, mas ajudando a reduzir as perdas nas bolsas e revertendo a queda do euro. Segundo tais diretrizes, o fundo será capaz de comprar bônus no mercado secundário se o país da zona do euro tiver dívida sustentável, respeitar a redução do déficit, não tiver problema de solvência bancária e tiver histórico de custos de financiamento razoáveis.

Às 7h50, o europeu FSTEurofirst 300 reduzia o declínio para 0,67 por cento, enquanto o euro subia 0,4 por cento, a 1,3812 dólar. Nos Estados Unidos, o futuro do S&P 500 subia 0,39 por cento -- 4,70 pontos, uma vez que o índice à vista já havia sofrido na véspera pelos comentários de Sarkozy. Uma série de indicadores econômicos norte-americanos é aguardada, incluindo números de inflação ao consumidor, atividade e do setor imobiliário.

O MSCI para ações globais caía 0,58 por cento e para emergentes, 1,96 por cento. O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão declinava 2,29 por cento. Em Tóquio, o Nikkei encerrou o dia em baixa de 1,03 por cento, enquanto o iene valorizava-se, com o dólar cotado a 76,82 ienes, em baixa de 0,04 por cento. O índice da bolsa de Xangai terminou com queda de 1,94 por cento.

No segmento de commodities, o petróleo do tipo Brent negociado em Londres avançava 0,77 por cento, a 109,23 dólares.


Nas operações eletrônicas em Nova York, o barril era transacionado a 86,50 dólares, com acréscimo de 0,45 por cento.

O cobre perdia 3,12 por cento na City londrina. Nesse cenário, o índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais moedas globais, depreciava-se 0,34 por cento.

No Brasil, o IPCA-15 destaca-se na agenda, um dia após o Copom confirmar previsões de mercado e cortar a Selic a 11,50 por cento. Mauricio Rosal, da Raymond James, elogiou em nota a clientes a decisão do Banco Central e a mensagem do comunicado "mais consistente desta vez, o que deve ajudar a coordenar melhor as expectativas do mercado com relação à trajetória futura tanto da taxa Selic e como da inflação, desde que não haja mudança de curso ao longo do caminho". Ele vê mais cortes moderados à frente.

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