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Mercados emergentes devem ser os vencedores da década, diz o Morgan Stanley

Gestora do grupo está diminuindo exposição aos EUA e aumentando posição em mercados em desenvolvimento

Ações de emergentes têm múltiplos de preço/lucro atraentes, diz Morgan Stanley (Mario Tama/Getty Images)

Ações de emergentes têm múltiplos de preço/lucro atraentes, diz Morgan Stanley (Mario Tama/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 24 de janeiro de 2023 às 14h02.

Última atualização em 24 de janeiro de 2023 às 14h08.

As ações de mercados emergentes devem ser as vencedoras desta década, disse Jitania Kandhari, vice-diretora chefe de investimentos e chefe de pesquisa macroeconômica para mercados emergentes do Morgan Stanley.

A gestora Morgan Stanley Investment Management está tirando dinheiro do mercado de ações dos Estados Unidos para aumentar sua exposição a mercados em desenvolvimento, afirmou Kandhari. Segundo ela, as ações de emergentes têm múltiplos de preço/lucro atraentes, e economias como a da Índia caminham para um crescimento melhor do que os EUA.

“A cada década, surge um novo líder no mercado. Na década de 2010, foram ações dos EUA e gigantes de tecnologia”, disse Kandhari em entrevista por telefone. “Os líderes desta década podem claramente ser os mercados emergentes e ações internacionais.” O Morgan Stanley IM tem US$ 1,3 trilhão em ativos sob gestão.

A classe de ativos teve um início de ano forte, com alta de 8,6% do índice de mercados emergentes MSCI, em comparação com avanço de 4,7% do índice de referência dos EUA.

A decisão da China de abandonar a rígida política Covid Zero melhorou as perspectivas econômicas, enquanto os investidores se posicionam para o fim de aumentos agressivos de juros. Vários também ainda veem as ações dos EUA como caras, enquanto os papéis de mercados emergentes são negociadas com quase 30% de desconto.

Há uma crescente desconexão entre a participação cada vez menor dos EUA na economia global e o valor de mercado de suas ações, disse Kandhari. Juntamente com alocações de fundos para mercados emergentes bem abaixo das médias históricas e moedas baratas, há muito espaço para desempenho superior dos emergentes, disse ela.

“O que realmente impulsiona essa classe de ativos é o diferencial de crescimento, e esse diferencial de crescimento dos mercados emergentes está melhorando em relação aos EUA”, disse ela.

As economias emergentes devem crescer, em média, 4,1% em 2023 e 4,4% em 2024, de acordo com estimativas compiladas pela Bloomberg. São perspectivas superiores às estimativas para os EUA, de 0,5% e 1,2%, respectivamente.

(Com a colaboração de Srinivasan Sivabalan)

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