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Mercado vê juro mais alto nos EUA, Marfrig e Minerva fecham acordo bilionário e o que move o mercado

Investidores veem alta probabilidade de Federal Reserve voltar a subir taxa de juro em novembro, após pausa em decisão de setembro

Jerome Powell, presidente do Fed (Samuel Corum//Getty Images)

Jerome Powell, presidente do Fed (Samuel Corum//Getty Images)

Guilherme Guilherme
Guilherme Guilherme

Repórter de Invest

Publicado em 29 de agosto de 2023 às 08h17.

Última atualização em 29 de agosto de 2023 às 08h28.

Os principais índices de ações oscilam perto da estabilidade na manhã desta terça-feira, 29, com investidores à espera de dados que serão divulgados ao longo da semana. Entre os mais aguardados estão os da inflação ao consumidor europeu e os do mercado de trabalho americano. Ainda hoje, será divulgado o relatório JOLTs nos Estados Unidos, que deverá revelar a criação de 9,465 milhões de ofertas de empregos em julho, cerca de 120.000 a menos que no mês anterior. 

A grande expectativa, porém, é para sexta-feira, 1, quando serão divulgados os números do payroll de agosto. A projeção é de que tenham sido criados 170.000 empregos urbanos contra 187.000 em julho. No mesmo dia, será apresentada a taxa de desemprego dos Estados Unidos e o de variação de salário médio por hora trabalhada, que revela os impactos da inflação no mercado de trabalho. A depender dos números, investidores poderão reajustar as expectativas para a política monetária do Federal Reserve (Fed).

Espaço para nova alta de juro

A dúvida, no curto prazo, é quanto à necessidade de uma nova alta de juro. A possibilidade voltou a ser sondada pelo presidente do Fed, Jerome Powell, em Jackson Hole. Ainda que seu discurso tenha saído dentro do esperado (o que contribuiu para a recuperação das bolsas internacionais nos últimos dois pregões), investidores reajustaram suas apostas para mais uma nova alta de juros até o fim do ano.

A chance para o Fed subir sua taxa (hoje entre 5,25% e 5,50%) em mais 0,25 ponto percentual cresceu significativamente. Segundo monitor do CME Group, investidores precificam cerca de 60% de chance de isso acontecer até a decisão de 1 de novembro. Há uma semana, a probabilidade precificada pelo mercado era próxima de 33%.

O cenário mais provável, no entanto, é de que o Fed mantenha a taxa inalterada na próxima reunião em 20 de setembro. Seria um "skip", uma breve para que os juros voltem a subir. Dados mais fracos da economia americana é o que poderia mudar esse cenário, tornando mais improvável uma nova alta de juros.

Brasil em foco

No Brasil, os dados mais aguardados da semana são os da taxa de desemprego, que será divulgado na quinta-feira, 31, e o do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, previsto para esta sexta-feira, 1.

No último pregão, o Ibovespa subiu 1%, com ajuda do exterior, e voltou a fechar acima dos 117.000 pontos. O índice, no entanto, ainda acumula mais de 2% de queda em agosto.

Marfrig e Minerva fecham negócio de R$ 7,5 bi

No radar corporativo, investidores deverão repercutir nesta terça a venda de 16 plantas da Marfrig para a Minerva por R$ 7,5 bilhões. Do valor total, R$ 1,5 bilhão já foi pago como forma de sinal. As parcelas remanescentes serão pagas na data do fechamento do negocio. Os ativos envolvidos na operação estão localizados no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai. A aquisição aumentará a capacidade de abate bovino da Minerva em 52,6% no Brasil, 10,7% no Uruguai e em 14,1% na Argentina.

Que horas abre a bolsa de valores?

O horário de negociação na B3 vai das 10h às 17h. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, enquanto o after-market ocorre entre 17h25 e 17h30. Já as negociações com o Ibovespa futuro ocorrem entre 9h e 17h55.

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