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Mercado perde a paciência com Petrobras e vê mais problemas

A escolha de Bendine frustrou as expectativas de que a Petrobras tivesse alguém mais independe do governo no comando


	Após troca de comando, as ações da Petrobras seguem em queda
 (Getty Images/Spencer Platt)

Após troca de comando, as ações da Petrobras seguem em queda (Getty Images/Spencer Platt)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 9 de fevereiro de 2015 às 11h03.

São Paulo - A chegada de Aldemir Bendine na presidência da Petrobras não deve aliviar a vida da estatal na Bovespa. Um relatório divulgado pelo Morgan Stanley aponta que as ações da companhia devem ter desempenho negativo no curto prazo. A recomendação é classificada em desempenho em linha com a média de mercado.

A escolha de Bendine frustrou as expectativas de que a Petrobras tivesse alguém mais independe do governo no comando. “Trata-se de mais do mesmo. Nada muda na estatal com o novo CEO”, afirma o analista Bruno Montanari.

O relatório afirma ainda que Bendine não tem conhecimento no setor de petróleo e gás, além de representar uma escolha meramente política, o que pode prejudicar o ciclo de investimento da empresa.

Montanari projeta que Bendine pode não ter longa permanência na Petrobras, servindo apenas como uma peça na transição de poder. “Este cenário aumenta ainda mais a incerteza em torno do futuro da companhia”, completa o analista.

Corte de recomendação

Diante do cenário de incertezas, que soma ainda a queda do preço de petróleo no mundo e a não divulgação dos resultados do terceiro trimestre auditado, o Credit Suisse cortou a recomendação às ações da Petrobras, de neutra” para “underperform” (abaixo da média).

Com isso, o preço-alvo das ADRs (American Depositary Receipts) passou de 7,30 dólares para 5,00 dólares. Em reais, a mudança corresponderia a um corte de 10 reais para 6,50 reais.

Hoje, as ações preferenciais da Petrobras registravam perdas de 4,38% na mínima. Já as ordinárias chegaram a cair 4,07%. 

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