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Mercado inverte trajetória e passa a avançar

No início da manhã, o Ibovespa havia operado no negativo, após o Fed ter anunciado novo corte no seu programa de compras mensais de títulos


	Bovespa: às 12h06, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,5 por cento, a 47.792 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,19 bilhão de reais
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa: às 12h06, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,5 por cento, a 47.792 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,19 bilhão de reais (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 11h16.

São Paulo - O principal índice da Bovespa passava ao campo positivo no fim da manhã desta quinta-feira, em linha com os futuros norte-americanos e mesmo após o Federal Reserve ter decidido cortar seu programa de estímulos.

Às 12h06, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,5 por cento, a 47.792 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,19 bilhão de reais.

No início da manhã, o Ibovespa havia operado no negativo, após o Federal Reserve ter anunciado novo corte de 10 bilhões de dólares no seu programa de compras mensais de títulos. Também pesaram dados na China confirmando contração da atividade industrial do país asiático em janeiro. Contudo, o índice passava a inverter tal movimento com a força das blue chips Petrobras e Vale perto da abertura das bolsas dos Estados Unidos e após a divulgação de dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do país.

O PIB dos EUA cresceu em ritmo anual de 3,2 por cento, informou o Departamento do Comércio nesta quinta-feira, em linha com as expectativas. "Vejo (a virada da bolsa) mais como um movimento técnico, os preços vêm muito depreciados depois de vários dias de perda. A decisão do Fed não foi nenhuma surpresa... e o PIB dos EUA veio dentro do esperado, mas prevalece alguma cautela em relação às perspectivas da economia", afirmou o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria.

A quarta queda do Ibovespa em cinco dias na véspera levou o índice a ampliar a baixa em janeiro para 7,67 até o fechamento da quarta-feira.

No cenário corporativo, recuavam as ações da Fibria , que divulgou prejuízo líquido de 185 milhões de reais no quarto trimestre, pressionado por efeito da variação cambial sobre a dívida líquida e por aumento de despesas com imposto de renda. As units do Santander Brasil também caíam, depois do banco anunciar lucro líquido recorrente de 1,409 bilhão de reais, 12,3 por cento abaixo do resultado de igual período em 2012, mas acima da média de estimativas de analistas.

Já a ação do Bradesco exibia leve alta após o banco apresentar lucro recorde e propor dividendo adicional.

"Mesmo com resultados (de bancos) vindo bem, em fevereiro volta-se a discutir a questão dos planos econômicos e da caderneta de poupança. A dúvida quanto a essa questão vai pesar nos bancos por um bom tempo", afirmou o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi.

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