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Mercado global de IPO tem pior nível desde 2009

A locadora de veículos Locamerica estreou na BM&F Bovespa no primeiro IPO desde os negócios da Abril Educação em julho de 2011

Quanto ao número de transações, mais de um em cada cinco IPOs vieram do setor de tecnologia: 2,1 bilhões de dólares em 35 operações, ou 22 por cento do total (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2012 às 14h43.

São Paulo - A Ernst & Young mantém a previsão de 20 aberturas de capital no Brasil este ano, embora nenhuma operação do tipo tenha acontecido no primeiro trimestre, período em que o mercado global de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, em inglês) movimentou 14,3 bilhões de dólares, queda brusca de 69 por cento na comparação anual, conforme estudo divulgado nesta segunda-feira.

No Brasil, a empresa de locação de veículos Locamerica estreou nesta segunda-feira na BM&FBovespa, no primeiro IPO na bolsa brasileira desde o início dos negócios com papeis da Abril Educação em julho do ano passado.

O papel da Locamerica, entretanto, ficou abaixo do intervalo de preço sugerido no prospecto preliminar da operação, que teve giro financeiro total de quase 314 milhões de reais.

Segundo o estudo, foram realizadas 157 aberturas de capital em todo o mundo no primeiro trimestre, período menos expressivo desde o segundo trimestre de 2009, quando houve 82 IPOs, totalizando 10,4 bilhões de dólares.

"O cenário global foi negativo mesmo. O panorama no Brasil, entretanto, é bem mais otimista. O problema é que acabamos sendo influenciados pela conjuntura global, principalmente nos Estados Unidos, já que 75 por cento dos IPOs brasileiros são comprados por fundos norte-americanos", afirmou o sócio-líder de IPOs da Ernst & Young Terco, Paulo Sérgio Dortas. "Mantemos a previsão de 20 aberturas de capital no país." Em âmbito global, o trimestre passado foi o primeiro em que um único processo de abertura de capital superou 1 bilhão de dólares desde o início de 2009.

O valor médio das operações entre janeiro e março deste ano caiu cerca de 42 por cento, para 91 milhões de dólares. Sete IPOs foram adiados e 36 ofertas foram retiradas no primeiro trimestre, ante cinco e 53, respectivamente, no mesmo período do ano passado.

Quanto ao preço, 80 por cento dos processos globais de abertura de capital no trimestre ficaram dentro ou um pouco acima da faixa estimativa de preço, sendo que apenas 7 por cento superaram o valor previsto.

Em termos de volume de recursos captados, praticamente uma em cada cinco operações veio da indústria (2,7 bilhões de dólares em 29 processos), seguido por bens de consumo e serviços (2,2 bilhões em 16 processos).

Quanto ao número de transações, mais de um em cada cinco IPOs vieram do setor de tecnologia: 2,1 bilhões de dólares em 35 operações, ou 22 por cento do total.

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São Paulo - A Ernst & Young mantém a previsão de 20 aberturas de capital no Brasil este ano, embora nenhuma operação do tipo tenha acontecido no primeiro trimestre, período em que o mercado global de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, em inglês) movimentou 14,3 bilhões de dólares, queda brusca de 69 por cento na comparação anual, conforme estudo divulgado nesta segunda-feira.

No Brasil, a empresa de locação de veículos Locamerica estreou nesta segunda-feira na BM&FBovespa, no primeiro IPO na bolsa brasileira desde o início dos negócios com papeis da Abril Educação em julho do ano passado.

O papel da Locamerica, entretanto, ficou abaixo do intervalo de preço sugerido no prospecto preliminar da operação, que teve giro financeiro total de quase 314 milhões de reais.

Segundo o estudo, foram realizadas 157 aberturas de capital em todo o mundo no primeiro trimestre, período menos expressivo desde o segundo trimestre de 2009, quando houve 82 IPOs, totalizando 10,4 bilhões de dólares.

"O cenário global foi negativo mesmo. O panorama no Brasil, entretanto, é bem mais otimista. O problema é que acabamos sendo influenciados pela conjuntura global, principalmente nos Estados Unidos, já que 75 por cento dos IPOs brasileiros são comprados por fundos norte-americanos", afirmou o sócio-líder de IPOs da Ernst & Young Terco, Paulo Sérgio Dortas. "Mantemos a previsão de 20 aberturas de capital no país." Em âmbito global, o trimestre passado foi o primeiro em que um único processo de abertura de capital superou 1 bilhão de dólares desde o início de 2009.

O valor médio das operações entre janeiro e março deste ano caiu cerca de 42 por cento, para 91 milhões de dólares. Sete IPOs foram adiados e 36 ofertas foram retiradas no primeiro trimestre, ante cinco e 53, respectivamente, no mesmo período do ano passado.

Quanto ao preço, 80 por cento dos processos globais de abertura de capital no trimestre ficaram dentro ou um pouco acima da faixa estimativa de preço, sendo que apenas 7 por cento superaram o valor previsto.

Em termos de volume de recursos captados, praticamente uma em cada cinco operações veio da indústria (2,7 bilhões de dólares em 29 processos), seguido por bens de consumo e serviços (2,2 bilhões em 16 processos).

Quanto ao número de transações, mais de um em cada cinco IPOs vieram do setor de tecnologia: 2,1 bilhões de dólares em 35 operações, ou 22 por cento do total.

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