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Mercado acentua volatilidade e juros futuros recuam

Tony Volpon afirmou que as mudanças de política monetária pelo BC, como ciclo de alta de juros, levarão a uma menor inércia da inflação


	Ações: as declarações de Volpon ajudam a manter os juros futuros em baixa, aumentando a percepção de que o ciclo de altas da taxa Selic (hoje de 14,25%) chegou ao fim
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Ações: as declarações de Volpon ajudam a manter os juros futuros em baixa, aumentando a percepção de que o ciclo de altas da taxa Selic (hoje de 14,25%) chegou ao fim (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2015 às 17h47.

São Paulo - Em um dia de volatilidade nos mercados interno e externo, o mercado futuro de juros ajustou para baixa as taxas dos períodos mais curtos e nos intermediários, enquanto as mais longas permaneceram praticamente estáveis.

Parte da queda é atribuída ao movimento de baixa do dólar, mas outros fatores também contribuíram.

O principal destaque do dia para o mercado de câmbio foi o discurso do diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Tony Volpon, em reunião com investidores em Nova York.

Ele disse que manter a taxa básica de juros no atual nível por um período suficientemente longo é condição necessária para o BC cumprir seu compromisso de trazer a inflação à meta no fim de 2016.

Volpon afirmou ainda que as mudanças de política monetária pelo BC, como ciclo de alta de juros, levarão a uma menor inércia da inflação.

As declarações de Volpon ajudam a manter os juros futuros em baixa, aumentando a percepção de que o ciclo de altas da taxa Selic (hoje de 14,25%) chegou ao fim.

O mercado de juros também vem reagindo ao cenário interno mais ameno, com avanços do governo em questões como a aprovação no Senado da reoneração da folha de pagamento das empresas, encerrando o ciclo de medidas do ajuste fiscal.

Dados recentes de inflação, mostrando taxas mais convergentes com as metas, são outro fator que contribui para a redução dos prêmios no mercado de juros.

A taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2016 fechou com taxa de 14,175%, contra 14,21% do ajuste de ontem. O DI de janeiro de 2017 apontou taxa de 13,72% no fechamento, frente aos 13,80% anteriores. O vencimento de janeiro de 2021 terminou o dia em 13,57%, mesma taxa do ajuste anterior.

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