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Marfrig (MRFG3) aumenta para 35,7% participação na BRF (BRFS3)

Medidas como essa acontecerão até que a Marfrig adquira 50% da BRF, dizem os analistas

Marfrig eleva participação na BRF: a empresa passa a deter 601.890.861 entre ações ordinárias e ADRs da dona da Sadia e Perdigão (Leandro Fonseca/Exame)
Janize Colaço

Repórter de Invest

Publicado em 19 de setembro de 2023 às 13h49.

A BRF (BRF3) anunciou nesta terça-feira, 19, que a Marfrig (MFRG3) elevou a sua participação na companhia para 35,7%. Segundo dados da B3, até o final de julho, eram 33,1%.

Em meio à repercussão da notícia, os papéis da Marfrig operam com alta de 0,84%, por volta das 13h45. Já a BRF3 apresenta volatilidade, com papéis tendo ao negativo, com leve baixa de 0,11%.

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“Foi uma compra pequena - cerca de 2,5% do capital social  -, e já era esperado que isso viria acontecer. Mais medidas como essa, com a Marfrig aumentando a posição na BRF, devem acontecer ao longo dos próximos semestres, até atingir 50% das ações”, aponta Gabriel Bassotto, analista chefe de ações do Simpla Club.

Com o movimento, a Marfrig passa a deter direta e indiretamente 601.890.861 entre ações ordinárias e American Depositary Receipts (ADRs), representando 35,7% do total das ações de emissão da dona da Sadia e Perdigão.

“A aquisição tem por objetivo incrementar sua participação acionária na BRF, não objetiva alterar a atual composição do controle ou a estrutura administrativa atual da companhia”, diz o fato relevante publicado na CVM.

O documento ainda pontua que a MFRG3 não celebrou quaisquer contratos ou acordos que regulem o exercício de direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários emitidos pela BRF.

Fusão pode acontecer, mas não ainda

Segundo Bassotto, a Marfrig tem adotado uma estratégia de segmentar as suas operações, a fim de se proteger da volatilidade que existe no mercado das commodities.

Quanto a uma fusão entre a Marfrig e a BRF, o analista frisa que ainda não é o momento ideal. Isso porque a dona das marcas Sadia e Perdigão não passa por um bom momento operacional, segundo ele.

“As primeiras etapas dessa compra são para melhorar a BRF operacionalmente e, depois que ela atingir um nível sustentável de qualidade, a Marfrig deve propor alguma fusão oficial entre as duas empresas”, afirma.

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