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Maioria das bolsas europeias fecha em alta

Por Álvaro Campos Londres - A maioria das bolsas europeias fechou em alta, graças ao alívio trazido pelo bem sucedido leilão de dívidas soberanas de Portugal. Mesmo assim, muitas ações de empresas financeiras tiveram desvalorização. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 0,99% para 262,33 pontos. A maioria das ações de empresas do setor bancário fechou […]

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2010 às 11h26.

Por Álvaro Campos

Londres - A maioria das bolsas europeias fechou em alta, graças ao alívio trazido pelo bem sucedido leilão de dívidas soberanas de Portugal. Mesmo assim, muitas ações de empresas financeiras tiveram desvalorização. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 0,99% para 262,33 pontos.

A maioria das ações de empresas do setor bancário fechou em queda novamente hoje, após o forte recuo de ontem, com o retorno dos receios sobre a exposição dos bancos às dívidas de mercados da periferia da Europa. Entretanto, Portugal finalizou com sucesso um leilão de bônus hoje, ajudando a aliviar parte dessas preocupações. O custo do empréstimo aumentou para o governo em relação ao leilão anterior, mas a demanda foi relativamente forte.

Mesmo assim, outros mercados da Europa ainda preocupam. "As dívidas de países da periferia da Europa são a principal questão no momento, com o prêmio de risco dos bônus da Irlanda aumentando hoje de novo", comentou Stephen Taylor, estrategista da Dolmen Stockbrokers. O governo da Irlanda disse que vai dividir o Anglo Irish Bank em duas empresas separadas, em um esforço para minimizar os custos do resgate da instituição. O índice ISEQ, da Bolsa de Dublin, fechou em queda de 0,89%.

A Grécia também esteve no foco hoje, após o Banco Nacional da Grécia afirmar na noite de ontem que pretende levantar um capital de 2,8 bilhões de euros. Hoje as ações do banco caíram mais de 6%. O índice ASE, da Bolsa de Atenas, recuou 1,96%. Além disso, o governo grego revisou para 1,8%, de 1,5%, a contração estimada para o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre na comparação com o trimestre anterior.

O índice FT-100, da Bolsa de Londres, fechou em alta de 0,41%, a 5.429,74 pontos, se recuperando de perdas registradas mais cedo. A produção manufatureira do Reino Unido teve em julho seu maior aumento anual em mais de 15 anos. Segundo o Escritório para Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês), a produção manufatureira cresceu 4,9% em julho na comparação com julho do ano passado.

O índice FT-100 também foi impulsionado pelas ações da petroleira BP, que subiram 1,32% após a agência de classificação de risco Fitch elevar o rating da empresa. Os papéis da BP também foram auxiliados pelos resultados da investigação da empresa sobre o vazamento no Golfo do México, segundo a IG Index. A mineradora Antofagasta subiu 3,07% e a Xstrata ganhou 2,99%. O banco Barclays recuou 1,91%, aumentando as perdas registradas na sessão anterior, quando anunciou que o próximo executivo-chefe da instituição será Robert Diamond. Além disso, a consultoria Bernstein Research rebaixou a recomendação do banco. As ações da Vodafone, do setor de telecomunicações, caíram 0,06% depois de a empresa anunciar que vai vender sua participação de 3,2% na China Mobile por 4,3 bilhões de libras (US$ 6,67 bilhões).

Na Bolsa de Frankfurt, o índice Xetra DAX fechou com elevação de 0,76%, a 6.164,44 pontos. A produção industrial na Alemanha aumentou apenas 0,1% em julho ante junho. A mineradora Kali & Salz Beteiligungs subiu 2,46%, com o aumento das especulações de que a empresa poderia ser alvo de aquisição como resultado da potencial guerra de ofertas pela Potash Corp, disse um trader. A Daimler avançou 1,56% e a BMW subiu 2,40%. O Commerzbank perdeu 0,93% e o Deutsche Bank recuou 0,64%.

O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, fechou em alta de 0,92%, em 3.677,21 pontos. No setor bancário, o Dexia perdeu 0,62%, o Société Générale recuou 1,10% e o Crédit Agricole teve queda de 1,69%. Ações consideradas defensivas registraram alta. A L'Oreal ganhou 2,04% e a Sanofi-Aventis avançou 2,05%. A EADS perdeu 0,88%, depois de sua unidade Airbus se recusar a iniciar conversações com a Ryanair sobre a possibilidade da companhia aérea comprar aeronaves da francesa. A Bouygues recuou 0,44%, após ter sua recomendação rebaixada pela Cheuvreux.

Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou em alta de 1,02%, em 10.586,20 pontos. O índice FTSE-MIB, da Bolsa de Milão, fechou em alta de 0,91%, em 20.580,26 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 caiu 0,76% e fechou em 7.364,32 pontos. As informações são da Dow Jones.

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