Mina da Vale em Carajás, no Pará | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)
Bloomberg
Publicado em 5 de fevereiro de 2022 às 09h00.
As commodities são o hedge (proteção) mais subutilizado contra a inflação à medida que a economia se expande e os preços sobem, disse Karen Karniol-Tambour, executiva da Bridgewater Associates, maior gestora de fundos hedge do mundo.
A Bridgewater foi fundada pelo bilionário investidor Ray Dalio em meados da década de 1970 e tem mais de 200 bilhões de dólares em ativos sob gestão.
“Você está olhando para ativos que vão se sair bem à medida que a economia cresce e as pressões inflacionárias são fortes”, disse Karniol-Tambour, codiretora de investimentos para sustentabilidade da empresa, em entrevista à Bloomberg Television.
Karniol-Tambour disse que gosta de metais e créditos de carbono porque eles estão expostos tanto à força cíclica quanto a novas medidas destinadas a combater as mudanças climáticas.
Ela também disse que o Federal Reserve lutará para conter a inflação mesmo que decida aumentar as taxas cinco vezes neste ano. O excesso de liquidez levou a valuations fortes em papéis de tecnologia e criptomoedas, e as ações dos Estados Unidos são algumas das menos atraentes em relação a outros mercados de ações, disse ela.
“As ações dos Estados Unidos, em particular, são algumas das mais suscetíveis à remoção de liquidez”, disse ela. “Valuations parecem muito melhores em muitos outros países.”
Em outubro, Karniol-Tambour disse que a maioria das carteiras estava insuficientemente protegida contra a inflação e que os investidores deveriam trocar os títulos nominais por títulos indexados à inflação para se protegerem melhor do aumento dos preços.
Ex-diretora de pesquisa de investimentos da Bridgewater, com sede em Westport, Connecticut, ela foi nomeada para seu cargo atual em abril passado, ajudando a administrar a área de investimento sustentável da empresa junto com Carsten Stendevad.