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Maduro diz que Venezuela vai emitir US$5,9 bi em moeda virtual

Não está claro se algum investidor irá desejar comprar a "petro", no momento em que o país enfrenta crise econômica profunda

Nicolás Maduro: o presidente surpreendeu quando anunciou o lançamento da criptomoeda, lastreada pelas reservas de petróleo, gás, ouro e diamantes da Venezuela (Miraflores Palace/Reuters)

Nicolás Maduro: o presidente surpreendeu quando anunciou o lançamento da criptomoeda, lastreada pelas reservas de petróleo, gás, ouro e diamantes da Venezuela (Miraflores Palace/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de janeiro de 2018 às 12h44.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2018 às 09h52.

Caracas - O presidente Nicolás Maduro disse na sexta-feira que a Venezuela emitirá 100 milhões de unidades de sua nova moeda virtual lastreada em petróleo nos próximos dias, embora não esteja claro se algum investidor irá desejar comprar a "petro" no momento em que o país-membro da Opep enfrenta uma crise econômica profunda e o governo tem pouca credibilidade.

O socialista Maduro surpreendeu no mês passado quando anunciou o lançamento da criptomoeda, lastreada pelas reservas de petróleo, gás, ouro e diamantes da Venezuela, como forma de contornar as sanções dos EUA que prejudicaram o acesso da Venezuela aos bancos internacionais.

Maduro especificou na sexta-feira que cada unidade da moeda virtual será vinculada à cesta de petróleo da Venezuela, que esta semana teve preço médio de 59,07 dólares por barril, de acordo com o Ministério do Petróleo. Isso implica que o total de criptomoeda emitida valerá pouco mais de 5,9 bilhões de dólares.

Há, porém, muita confusão sobre como o mecanismo funcionará. Os políticos da oposição já criticaram o projeto como uma ideia fantasiosa condenada ao fracasso e inútil em obter comida para os milhões que sofrem com a falta de produtos e a maior inflação do mundo.

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