• Presidente: CBOE tem posição para concorrer com rivais

• Acionista afirma que empresa é um alvo de aquisição

  Por Ann Saphir

  CHICAGO, 10 de fevereiro (Reuters) - O lucro trimestral da
  CBOE Holdings cresceu mais que o previsto, e seu
  presidente-executivo, William Brodsky, buscou assegurar
  investidores de que a mais antiga operadora de bolsa de opções
  de ações dos Estados Unidos está à margem das megafusões sendo
  anunciadas por operadoras de bolsa rivais.

  A divulgação de que a alemã Deutsche Boerse está
  em negociação avançada para comprar a NYSE Euronext ,
  negócio que criaria a maior empresa de bolsas de valores do
  mundo, levou as ações da CBOE a saltarem mais de 5 por cento na
  quarta-feira devido às expectativas de investidores de que a
  companhia seria o próximo alvo de uma possível aquisição.

  "Meu ponto de vista é de que a CBOE será comprada", disse
  Thomas Caldwell, presidente-executivo da Caldwell Securities,
  uma das maiores acionistas da CBOE, ao Reuters Insider. Entre
  as possíveis compradoras, segundo Caldwell, estariam a
  brasileira BM&FBovespa e o CME Group . "Não
  acho que elas ficarão fora dessa onda de consolidação."

  A informação de negociações entre Deutsche Boerse e NYSE
  Euronext seguem o anúncio da fusão do London Stock Exchange
  (LSE) com a operadora da bolsa de valores canadense TMX
  Group .

  Nesta sessão, as ações da CBOE avançavam 5,6 por cento,
  para perto de 27 dólares, ainda abaixo dos 29 dólares por ação
  na Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) da
  companhia, que segundo Caldwell seria o mínimo para qualquer
  oferta de compra viável.

  Mas, em teleconferência com analistas nesta quinta-feira,
  Brodsky parecia querer remover qualquer expectativa do tipo da
  parte de investidores.

  "Consideramos todas as oportunidades de crescimento que nos
  surgem", disse em resposta a uma questão de analistas sobre a
  perspectiva de fusões e aquisições da companhia. "(Mas) nosso
  foco prioritário continua sendo nossas operações do
  dia-a-dia".

  Brodsky afirmou estar "cautelosamente otimista" de que o
  volume de operações continuará a crescer, e previu que a
  companhia consiga resistir às pressões da concorrência.

  A CBOE detinha 27 por cento do mercado de opções de ações
  norte-americano em janeiro, bem abaixo da participação de 40
  por cento que a união da NYSE Euronext com a Deutsche Boerse
  representa.

  O lucro líquido da CBOE no quarto trimestre subiu para 30,9
  milhões de dólares, ou 0,32 dólar por ação, contra 21,3 milhões
  de dólares um ano antes, quando a companhia ainda não tinha
  suas ações negociadas. Analistas esperavam, em média, lucro
  líquido de 0,29 dólar por ação, segundo a Thomson Reuters
  I/B/E/S.

A receita operacional cresceu 17 por cento, para 113
milhões de dólares.