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Longe da lucratividade, Spotify afunda 15% em bolsa de NY após novo prejuízo

Com plataforma lançada há 15 anos, empresa segue fora dos trilhos da lucratividade; gastos com encargos trabalhistas pressionam resultados neste ano

DREX: a revolução digital do sistema tributário inspirada pelo modelo do Spotify.

 (Christian Hartmann/Reuters)

DREX: a revolução digital do sistema tributário inspirada pelo modelo do Spotify. (Christian Hartmann/Reuters)

Publicado em 25 de julho de 2023 às 15h39.

Última atualização em 25 de julho de 2023 às 17h02.

As ações do Spotify afundam 15% na Nasdaq nesta terça-feira, 25, com investidores reagindo negativamente a mais um trimestre em que a companhia sueca termina no vermelho. No segundo semestre, o prejuízo líquido ajustado foi de € 112 milhões. A perda operacional foi de € 247 milhões, 27,3% acima da registrada no segundo trimestre de 2022. O prejuízo operacional esperado pela empresa era de € 112 milhões no trimestre. A margem bruta foi negativa em 7,8%, enquanto a receita bruta terminou o trimestre em € 3,177 bilhões, levemente abaixo do guidance de € 3,2 bilhões para o período. 

Tornar o negócio lucrativo tem sido o maior desafio do Spotify desde que a plataforma foi lançada, ainda em 2008. O último lucro operacional registrado pela empresa foi no terceiro trimestre de 2021, quando o saldo ficou positivo em € 75 milhões. Desde então, tem sido prejuízo atrás de prejuízo.

Gastos com redução de pessoal pressionam resultados

No resultado do segundo trimestre, as perdas foram atribuídas às mudanças estruturais feitas dentro da empresa justamente para reduzir os custos.

Os gastos extras reconheceram € 25 milhões em encargos trabalhistas, consistindo em rescisões de funcionários de € 16 milhões e rescisões contratuais e outros custos relacionados de € 9 milhões. Nos seis primeiros meses do ano, os encargos trabalhistas foram de € 69 milhões. As despesas totais do Spotify encerraram o segundo trimestre em € 3,424 bilhões.

O corte de pessoal, no entanto, não deverá ser suficiente para o Spotify reverter o prejuízo. A projeção da empresa para o terceiro trimestre é de uma perda operacional de € 45 milhões.

Base crescente de usuários

Apesar do longo caminho até a lucratividade que a empresa já vem percorrendo há uma década e meia, sua plataforma tem crescido cada vez mais. O crescimento anual de usuários ativos por mês foi de 27% no segundo trimestre para 551 milhões, superando o guidance de 530 milhões para o período.

O aumento mais expressivo ocorreu dentro da base de usuários subsidiados por propaganda, que saltou 34% para 343 milhões de usuários. A base de assinantes premium teve uma expansão anual de 17% para 220 milhões, acima dos 217 milhões projetados para o trimestre.

Guidance para o terceiro trimestre

Para o terceiro trimestre, o Spotify espera alcançar 572 milhões de usuários, sendo 224 milhões da base de assinantes premium. O Spotify também projeta bater € 3,3 bilhões em receita bruta, com uma margem bruta de 26%, no período.

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