Juros terminam em queda em reação a quadro eleitoral
Os contratos de longo prazo tiveram recuo mais expressivo que os mais curtos, levando à retomada da inclinação negativa da curva
Da Redação
Publicado em 6 de outubro de 2014 às 17h33.
São Paulo - Os juros futuros fecharam a sessão regular da BM&FBovespa nesta segunda-feira, 6, em queda, alinhados à reação dos demais ativos domésticos ao resultado da eleição, principalmente o dólar.
Os contratos de longo prazo tiveram recuo mais expressivo que os mais curtos, levando à retomada da inclinação negativa da curva.
No fim da sessão regular, o DI janeiro de 2015 (117.895 contratos) caiu a 10,96%, de 11,00% no ajuste anterior, e o DI janeiro de 2016 (184.560 contratos) passou de 11,91%, no ajuste da sexta-feira, para 11,84%.
Nos mais longos, o DI janeiro de 2017 recuou a 11,94%, de 12,12% no ajuste anterior, com 379.425 contratos.
O DI janeiro de 2021 (301.375 contratos) fechou em 11,67%, de 12,05% no ajuste da sexta-feira. O dólar à vista no balcão terminou em R$ 2,4290 (-1,78%),
Os juros acompanharam de perto o movimento do câmbio, batendo as mínimas também logo na abertura, influenciados pela conquista de Aécio Neves (PSDB) de uma vaga no segundo turno contra Dilma Rousseff (PT), com um desempenho bastante acima do que apontavam as pesquisas de intenção de voto.
Os investidores também tentaram, em alguma medida, antecipar um possível apoio da candidata Marina Silva (PSB) ao tucano na etapa decisiva do pleito, após suas declarações ontem de que o Brasil "não quer mais o que está aí".
A ex-senadora, contudo, ainda não se posicionou oficialmente a respeito de alianças no segundo turno.
Com 100% das urnas apuradas, a candidata do PT, Dilma Rousseff, teve 43.267.668 de votos (41,59%), Aécio Neves do PSDB recebeu 34.897.211 (33,55%) e Marina Silva, do PSB, 22.176.619 (21,32%).
O mercado conta que, num eventual governo de Aécio, haverá mudanças na política econômica que incluem, entre outros fatores, maior rigor fiscal, fim da intervenção no câmbio e na política de preços da Petrobras.
A queda das taxas no início do dia foi tão acentuada que o DI janeiro de 2021 chegou, ao bater a mínima de 11,30%, perto do limite de baixa da oscilação de 11,25%.
Segundo Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central e futuro ministro da Fazenda em caso de vitória de Aécio Neves, 2015 será um ano melhor do que 2014 em termos de crescimento e mesmo de inflação caso o tucano vença.
Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Fraga afirmou que a proposta do candidato tem três pilares: reorganizar a política macroeconômica, promover a reforma tributária e aumentar os investimentos em infraestrutura.
"O Aécio tem como proposta trazer a economia de volta a um potencial de crescimento de 4%, reorganizando a política macroeconômica, reduzindo a incerteza, levando a inflação de volta para a meta e, consequentemente, obtendo juros mais baixos", disse.
São Paulo - Os juros futuros fecharam a sessão regular da BM&FBovespa nesta segunda-feira, 6, em queda, alinhados à reação dos demais ativos domésticos ao resultado da eleição, principalmente o dólar.
Os contratos de longo prazo tiveram recuo mais expressivo que os mais curtos, levando à retomada da inclinação negativa da curva.
No fim da sessão regular, o DI janeiro de 2015 (117.895 contratos) caiu a 10,96%, de 11,00% no ajuste anterior, e o DI janeiro de 2016 (184.560 contratos) passou de 11,91%, no ajuste da sexta-feira, para 11,84%.
Nos mais longos, o DI janeiro de 2017 recuou a 11,94%, de 12,12% no ajuste anterior, com 379.425 contratos.
O DI janeiro de 2021 (301.375 contratos) fechou em 11,67%, de 12,05% no ajuste da sexta-feira. O dólar à vista no balcão terminou em R$ 2,4290 (-1,78%),
Os juros acompanharam de perto o movimento do câmbio, batendo as mínimas também logo na abertura, influenciados pela conquista de Aécio Neves (PSDB) de uma vaga no segundo turno contra Dilma Rousseff (PT), com um desempenho bastante acima do que apontavam as pesquisas de intenção de voto.
Os investidores também tentaram, em alguma medida, antecipar um possível apoio da candidata Marina Silva (PSB) ao tucano na etapa decisiva do pleito, após suas declarações ontem de que o Brasil "não quer mais o que está aí".
A ex-senadora, contudo, ainda não se posicionou oficialmente a respeito de alianças no segundo turno.
Com 100% das urnas apuradas, a candidata do PT, Dilma Rousseff, teve 43.267.668 de votos (41,59%), Aécio Neves do PSDB recebeu 34.897.211 (33,55%) e Marina Silva, do PSB, 22.176.619 (21,32%).
O mercado conta que, num eventual governo de Aécio, haverá mudanças na política econômica que incluem, entre outros fatores, maior rigor fiscal, fim da intervenção no câmbio e na política de preços da Petrobras.
A queda das taxas no início do dia foi tão acentuada que o DI janeiro de 2021 chegou, ao bater a mínima de 11,30%, perto do limite de baixa da oscilação de 11,25%.
Segundo Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central e futuro ministro da Fazenda em caso de vitória de Aécio Neves, 2015 será um ano melhor do que 2014 em termos de crescimento e mesmo de inflação caso o tucano vença.
Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Fraga afirmou que a proposta do candidato tem três pilares: reorganizar a política macroeconômica, promover a reforma tributária e aumentar os investimentos em infraestrutura.
"O Aécio tem como proposta trazer a economia de volta a um potencial de crescimento de 4%, reorganizando a política macroeconômica, reduzindo a incerteza, levando a inflação de volta para a meta e, consequentemente, obtendo juros mais baixos", disse.