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Juros terminam em alta com movimento técnico

Mercado segue convicto de que Selic subirá 0,50 ponto porcentual na quarta-feira, com chances de mais duas elevações de igual intensidade em janeiro e fevereiro

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (52.810 contratos) estava em 9,725% (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2013 às 16h58.

São Paulo - Apesar da leve queda do dólar na reta final dos negócios, os juros conseguiram sustentar os ganhos, favorecidos por um movimento técnico desencadeado justamente pela valorização da moeda dos EUA na maior parte do dia.

Segundo profissionais da área de renda fixa, a incerteza em relação à política fiscal nesta semana de reunião do Copom e de divulgação dos resultados das contas públicas forneceram suporte para a alta dos contratos futuros dos juros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (52.810 contratos) estava em 9,725%, de 9,715% no ajuste anterior.

O juro para janeiro de 2015 (194.555 contratos) indicava 10,89%, de 10,87% na sexta-feira. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (154.190 contratos) apontava 12,18%, ante 12,09%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (2.999 contratos) marcava 12,61%, de 12,49% no ajuste anterior.

O mercado segue convicto de que a Selic subirá 0,50 ponto porcentual na quarta-feira, com chances de mais duas elevações de igual intensidade em janeiro e fevereiro.

Os DIs não foram impactados pelo relatório do Tesouro, que mostrou que o estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 1,69% em outubro ante setembro (o equivalente a R$ 33,661 bilhões), atingindo R$ 2,022 trilhões. Em setembro, o estoque estava em R$ 1,988 trilhão.

O dólar acentuou a alta no exterior no fim da manhã e puxou junto as cotações internas, após oscilar entre margens estreitas ante o real desde a abertura.

A valorização mais forte da divisa dos EUA foi amparada pelo acordo firmado no domingo entre o Irã e seis países sobre o programa nuclear de Teerã. No fim do dia, porém, o dólar caiu 0,04%, cotado em R$ 2,2840 no mercado à vista de balcão, também em linha com a perda de fôlego da divisa no exterior.

Os indicadores conhecidos nesta segunda-feira, 25, ficaram em segundo plano, o IPC-S subiu 0,67% na terceira quadrissemana deste mês, de 0,64% na anterior, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Dentro da pesquisa Focus, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano caiu de 5,84% para 5,82%, enquanto no ano que vem subiu de 5,91% para 5,92%.

A estimativa suavizada para o IPCA 12 meses à frente permaneceu em 6,14%. Vale destacar alteração na projeção do mercado financeiro para a Selic em 2014, de 10,25% para 10,50%, aproximando as apostas dos analistas das embutidas no mercado.

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São Paulo - Apesar da leve queda do dólar na reta final dos negócios, os juros conseguiram sustentar os ganhos, favorecidos por um movimento técnico desencadeado justamente pela valorização da moeda dos EUA na maior parte do dia.

Segundo profissionais da área de renda fixa, a incerteza em relação à política fiscal nesta semana de reunião do Copom e de divulgação dos resultados das contas públicas forneceram suporte para a alta dos contratos futuros dos juros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (52.810 contratos) estava em 9,725%, de 9,715% no ajuste anterior.

O juro para janeiro de 2015 (194.555 contratos) indicava 10,89%, de 10,87% na sexta-feira. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (154.190 contratos) apontava 12,18%, ante 12,09%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (2.999 contratos) marcava 12,61%, de 12,49% no ajuste anterior.

O mercado segue convicto de que a Selic subirá 0,50 ponto porcentual na quarta-feira, com chances de mais duas elevações de igual intensidade em janeiro e fevereiro.

Os DIs não foram impactados pelo relatório do Tesouro, que mostrou que o estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 1,69% em outubro ante setembro (o equivalente a R$ 33,661 bilhões), atingindo R$ 2,022 trilhões. Em setembro, o estoque estava em R$ 1,988 trilhão.

O dólar acentuou a alta no exterior no fim da manhã e puxou junto as cotações internas, após oscilar entre margens estreitas ante o real desde a abertura.

A valorização mais forte da divisa dos EUA foi amparada pelo acordo firmado no domingo entre o Irã e seis países sobre o programa nuclear de Teerã. No fim do dia, porém, o dólar caiu 0,04%, cotado em R$ 2,2840 no mercado à vista de balcão, também em linha com a perda de fôlego da divisa no exterior.

Os indicadores conhecidos nesta segunda-feira, 25, ficaram em segundo plano, o IPC-S subiu 0,67% na terceira quadrissemana deste mês, de 0,64% na anterior, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Dentro da pesquisa Focus, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano caiu de 5,84% para 5,82%, enquanto no ano que vem subiu de 5,91% para 5,92%.

A estimativa suavizada para o IPCA 12 meses à frente permaneceu em 6,14%. Vale destacar alteração na projeção do mercado financeiro para a Selic em 2014, de 10,25% para 10,50%, aproximando as apostas dos analistas das embutidas no mercado.

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