Juros sobem por dólar e Treasuries e indicam Selic maior
Enquanto o Tesouro promoveu leilão de recompra de títulos prefixados, o BC fez três intervenções por meio de swap cambial. Medidas tiveram efeito momentâneo
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2013 às 17h03.
São Paulo - Com a nova disparada do dólar ante o real e dos juros dos títulos da dívida do Tesouro norte-americano (Treasuries), as taxas futuras domésticas voltaram a subir com intensidade nesta segunda-feira, 19. Tanto que o Tesouro Nacional voltou a atuar de forma conjunta com o Banco Central (BC).
Enquanto o primeiro promoveu um leilão de recompra de títulos prefixados, o segundo fez três intervenções por meio de swap cambial. Mas o nervosismo dos investidores em câmbio continuou e as operações tiveram apenas efeito momentâneo.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro janeiro de 2014 (465.615 contratos) marcava 9,33%, de 9,20% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (510.925 contratos) indicava taxa de 10,66%, de 10,33% na sexta-feira. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (210.025 contratos) apontava 11,84%, ante 11,61%. O DI para janeiro de 2021 (19.835 contratos) estava em 12,02%, de 11,89% no ajuste anterior.
Segundo profissionais de renda fixa, cresceram as apostas de alta de 0,75 ponto porcentual da Selic em agosto. Havia ainda 100% de chances de mais duas altas de 0,50 pp, uma em outubro e outra em novembro.
"O Banco Central e o Tesouro fizeram o seu papel, mas o efeito foi apenas limitado. Houve um pouco de 'stop loss' no dólar e os juros apenas seguiram", afirmou um operador. "Além disso, o movimento de alta dos juros dos Treasuries contribuiu para que não houvesse alívio nas taxas domésticas", continuou.
No leilão, o Tesouro aceitou propostas para recompra de 2 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN) para 01/07/2016 e não negociou para 2015 e 2017. O Tesouro também recomprou 60 mil Notas do Tesouro Nacional - série F (NTN-F) para 2018 e 90 mil NTN-F para 2019, de um total ofertado de 2 milhões de papéis.
Vale destacar que o BC passou a ser ainda mais incisivo nas atuações. Além das três operações de swap, a autoridade monetária informou que fará dois leilões de venda com compromisso de recompra na terça-feira, 20, no total de até US$ 4 bilhões. Tal anúncio, feito por volta das 15h30, desacelerou o avanço do dólar, bem como dos juros futuros. O dólar no mercado à vista de balcão terminou a R$ 2,4140, com elevação de 0,92%.
Nos Estados Unidos, a proximidade de setembro, quando o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) pode começar a reduzir os estímulos, e a expectativa pela ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), a ser divulgada na quarta-feira, 21, e que pode trazer algum sinal sobre a condução das compra de bônus, seguiram pressionando os juros dos Treasuries. A taxa do T-note de 10 anos bateu na máxima de 2,901% nesta sessão.
São Paulo - Com a nova disparada do dólar ante o real e dos juros dos títulos da dívida do Tesouro norte-americano (Treasuries), as taxas futuras domésticas voltaram a subir com intensidade nesta segunda-feira, 19. Tanto que o Tesouro Nacional voltou a atuar de forma conjunta com o Banco Central (BC).
Enquanto o primeiro promoveu um leilão de recompra de títulos prefixados, o segundo fez três intervenções por meio de swap cambial. Mas o nervosismo dos investidores em câmbio continuou e as operações tiveram apenas efeito momentâneo.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro janeiro de 2014 (465.615 contratos) marcava 9,33%, de 9,20% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (510.925 contratos) indicava taxa de 10,66%, de 10,33% na sexta-feira. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (210.025 contratos) apontava 11,84%, ante 11,61%. O DI para janeiro de 2021 (19.835 contratos) estava em 12,02%, de 11,89% no ajuste anterior.
Segundo profissionais de renda fixa, cresceram as apostas de alta de 0,75 ponto porcentual da Selic em agosto. Havia ainda 100% de chances de mais duas altas de 0,50 pp, uma em outubro e outra em novembro.
"O Banco Central e o Tesouro fizeram o seu papel, mas o efeito foi apenas limitado. Houve um pouco de 'stop loss' no dólar e os juros apenas seguiram", afirmou um operador. "Além disso, o movimento de alta dos juros dos Treasuries contribuiu para que não houvesse alívio nas taxas domésticas", continuou.
No leilão, o Tesouro aceitou propostas para recompra de 2 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN) para 01/07/2016 e não negociou para 2015 e 2017. O Tesouro também recomprou 60 mil Notas do Tesouro Nacional - série F (NTN-F) para 2018 e 90 mil NTN-F para 2019, de um total ofertado de 2 milhões de papéis.
Vale destacar que o BC passou a ser ainda mais incisivo nas atuações. Além das três operações de swap, a autoridade monetária informou que fará dois leilões de venda com compromisso de recompra na terça-feira, 20, no total de até US$ 4 bilhões. Tal anúncio, feito por volta das 15h30, desacelerou o avanço do dólar, bem como dos juros futuros. O dólar no mercado à vista de balcão terminou a R$ 2,4140, com elevação de 0,92%.
Nos Estados Unidos, a proximidade de setembro, quando o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) pode começar a reduzir os estímulos, e a expectativa pela ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), a ser divulgada na quarta-feira, 21, e que pode trazer algum sinal sobre a condução das compra de bônus, seguiram pressionando os juros dos Treasuries. A taxa do T-note de 10 anos bateu na máxima de 2,901% nesta sessão.