Juros sobem em linha com o dólar e terminam nas máximas
Ao término da sessão regular, o contrato para abril de 2015 estava em 12,519%, na máxima, ante 12,485% no ajuste da sexta-feira, com 17.510 contratos
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2015 às 17h30.
São Paulo - O mês de março começou com o dólar e os juros futuros em trajetória ascendente, pressionados pelos movimentos no exterior e por fatores locais negativos.
A moeda norte-americana fechou nesta segunda-feira, 2, na máxima do dia, voltando a encostar em R$ 2,90, enquanto as taxas dos principais DIs também encerraram nos maiores níveis da sessão.
Ao término da sessão regular, o contrato para abril de 2015 estava em 12,519%, na máxima, ante 12,485% no ajuste da sexta-feira, com 17.510 contratos.
O DI janeiro de 2016 (83.475 contratos) subiu de 13,04% para 13,12%, também na máxima.
O DI janeiro de 2017 estava em 12,87%, de 12,78% no ajuste anterior, com 162.065 contratos.
Por fim, o DI janeiro de 2021 terminou em 12,41% (máxima), de 12,26% na sexta-feira, com 76.725 contratos.
O dólar à vista no balcão fechou em R$ 2,8930 (+1,30%), na máxima do dia, também tocada mais cedo, por volta das 15 horas.
É o maior patamar de fechamento desde 15/09/2004 (R$ 2,9020).
Houve desconforto do mercado com o ambiente em Brasília, depois de a presidente Dilma ter classificado de "infeliz" a declaração do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na sexta-feira, de que a desoneração da folha de pagamento foi feita de maneira "grosseira".
Levy havia dito ainda que a "brincadeira" da desoneração da folha tinha custado R$ 25 bilhões aos cofres públicos.
O episódio da repreensão de Dilma a Levy reforçou a desconfiança sobre até que ponto a Fazenda terá autonomia para atuar, no momento em que o ministro tenta mobilizar o Congresso para emplacar as medidas de ajuste fiscal que resultem em superávit primário de 1,2% do PIB neste ano.
Ainda assim, uma parcela do mercado enxergou o episódio apenas como algo político, que não impedirá o trabalho da Fazenda.
Na pesquisa Focus, do Banco Central, a mediana das expectativas para o IPCA de 2015 tiveram deterioração, ao passar de 7,37% para 7,44%, enquanto a mediana para o PIB caiu de -0,50% para -0,58%.
Quanto à Selic, a mediana para o final deste ano subiu de 12,75% para 13,00%.
A expectativa para o encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana permanece sendo de alta de 0,50 ponto na taxa básica, para 12,75%.
Favoreceu ainda o movimento das taxas na BM&FBovespa o avanço dos juros dos Treasuries em Wall Street, cujas vendas foram estimuladas pelos indicadores positivos da economia dos EUA. Às 16h38, a T-Note de dez anos projetava 2,070%.
São Paulo - O mês de março começou com o dólar e os juros futuros em trajetória ascendente, pressionados pelos movimentos no exterior e por fatores locais negativos.
A moeda norte-americana fechou nesta segunda-feira, 2, na máxima do dia, voltando a encostar em R$ 2,90, enquanto as taxas dos principais DIs também encerraram nos maiores níveis da sessão.
Ao término da sessão regular, o contrato para abril de 2015 estava em 12,519%, na máxima, ante 12,485% no ajuste da sexta-feira, com 17.510 contratos.
O DI janeiro de 2016 (83.475 contratos) subiu de 13,04% para 13,12%, também na máxima.
O DI janeiro de 2017 estava em 12,87%, de 12,78% no ajuste anterior, com 162.065 contratos.
Por fim, o DI janeiro de 2021 terminou em 12,41% (máxima), de 12,26% na sexta-feira, com 76.725 contratos.
O dólar à vista no balcão fechou em R$ 2,8930 (+1,30%), na máxima do dia, também tocada mais cedo, por volta das 15 horas.
É o maior patamar de fechamento desde 15/09/2004 (R$ 2,9020).
Houve desconforto do mercado com o ambiente em Brasília, depois de a presidente Dilma ter classificado de "infeliz" a declaração do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na sexta-feira, de que a desoneração da folha de pagamento foi feita de maneira "grosseira".
Levy havia dito ainda que a "brincadeira" da desoneração da folha tinha custado R$ 25 bilhões aos cofres públicos.
O episódio da repreensão de Dilma a Levy reforçou a desconfiança sobre até que ponto a Fazenda terá autonomia para atuar, no momento em que o ministro tenta mobilizar o Congresso para emplacar as medidas de ajuste fiscal que resultem em superávit primário de 1,2% do PIB neste ano.
Ainda assim, uma parcela do mercado enxergou o episódio apenas como algo político, que não impedirá o trabalho da Fazenda.
Na pesquisa Focus, do Banco Central, a mediana das expectativas para o IPCA de 2015 tiveram deterioração, ao passar de 7,37% para 7,44%, enquanto a mediana para o PIB caiu de -0,50% para -0,58%.
Quanto à Selic, a mediana para o final deste ano subiu de 12,75% para 13,00%.
A expectativa para o encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana permanece sendo de alta de 0,50 ponto na taxa básica, para 12,75%.
Favoreceu ainda o movimento das taxas na BM&FBovespa o avanço dos juros dos Treasuries em Wall Street, cujas vendas foram estimuladas pelos indicadores positivos da economia dos EUA. Às 16h38, a T-Note de dez anos projetava 2,070%.