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Juros sobem e cresce chance de maior aperto monetário

De acordo com operadores, o mercado começou a comprar a ideia de que o ciclo de aperto monetário pode ser maior ou mais intenso

Sede da Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro de janeiro de 2014 (257.805 contratos) marcava 8,98% (Yasuyoshi/AFP Photo)
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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 17h10.

São Paulo - Os juros futuros voltaram a subir de forma consistente nesta quarta-feira, amparados na valorização do dólar e em fatores técnicos pela percepção de investidores quanto à condução da política monetária. Nesse ambiente, até o avanço levemente abaixo do previsto das vendas varejistas em junho acabou em segundo plano.

De acordo com operadores, o mercado começou a comprar a ideia de que o ciclo de aperto monetário pode ser maior ou mais intenso.

Na reta final dos negócios, com a aceleração do dólar em relação ao real, os juros futuros de longo prazo subiram com mais intensidade.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro de janeiro de 2014 (257.805 contratos) marcava 8,98%, de 8,95% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (544.590 contratos) indicava taxa de 10,02%, de 9,88%. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (209.005 contratos) apontava 11,41%, ante 11,19% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (9.325 contratos) estava em 11,77%, de 11,62% no ajuste anterior.

"Há uma conjunção de fatores contribuindo para a alta das taxas de juros. Em primeiro lugar, o dólar segue pressionando. Além disso, a possibilidade de aumento dos combustíveis segue rondando as mesas de operação, que, após o discurso de Carlos Hamilton, passaram a considerar a possibilidade de um ciclo mais intenso de alta da Selic", afirmou um operador. "Os investidores que estavam mal posicionados tiveram 'stop loss', o que ampliou o avanço dos juros", considerou outra fonte.

Na hora final do pregão, o dólar voltou a acelerar. Além do fluxo de saída de recursos, o mercado voltou a testar o Banco Central, que não interveio. No fim do dia, o dólar à vista de balcão terminou na máxima de R$ 2,323, com alta de 0,61%.

Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que as vendas no varejo restrito cresceram 0,5% em junho ante maio, com ajuste, resultado que ficou aquém da mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (0,60%). O varejo ampliado, por sua vez, registrou avanço nas vendas de 1,0% em junho ante maio, com ajuste, também abaixo da mediana das projeções (1,50%).

Diante da evolução abaixo do esperado das vendas do comércio varejista em junho, a economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thaís Zara, reduziu a expectativa para o índice de atividade do Banco Central (IBC-Br), também de junho e que sai na quinta-feira 15, de 1,5% para 1,4%.

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São Paulo - Os juros futuros voltaram a subir de forma consistente nesta quarta-feira, amparados na valorização do dólar e em fatores técnicos pela percepção de investidores quanto à condução da política monetária. Nesse ambiente, até o avanço levemente abaixo do previsto das vendas varejistas em junho acabou em segundo plano.

De acordo com operadores, o mercado começou a comprar a ideia de que o ciclo de aperto monetário pode ser maior ou mais intenso.

Na reta final dos negócios, com a aceleração do dólar em relação ao real, os juros futuros de longo prazo subiram com mais intensidade.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro de janeiro de 2014 (257.805 contratos) marcava 8,98%, de 8,95% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (544.590 contratos) indicava taxa de 10,02%, de 9,88%. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (209.005 contratos) apontava 11,41%, ante 11,19% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (9.325 contratos) estava em 11,77%, de 11,62% no ajuste anterior.

"Há uma conjunção de fatores contribuindo para a alta das taxas de juros. Em primeiro lugar, o dólar segue pressionando. Além disso, a possibilidade de aumento dos combustíveis segue rondando as mesas de operação, que, após o discurso de Carlos Hamilton, passaram a considerar a possibilidade de um ciclo mais intenso de alta da Selic", afirmou um operador. "Os investidores que estavam mal posicionados tiveram 'stop loss', o que ampliou o avanço dos juros", considerou outra fonte.

Na hora final do pregão, o dólar voltou a acelerar. Além do fluxo de saída de recursos, o mercado voltou a testar o Banco Central, que não interveio. No fim do dia, o dólar à vista de balcão terminou na máxima de R$ 2,323, com alta de 0,61%.

Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que as vendas no varejo restrito cresceram 0,5% em junho ante maio, com ajuste, resultado que ficou aquém da mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (0,60%). O varejo ampliado, por sua vez, registrou avanço nas vendas de 1,0% em junho ante maio, com ajuste, também abaixo da mediana das projeções (1,50%).

Diante da evolução abaixo do esperado das vendas do comércio varejista em junho, a economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thaís Zara, reduziu a expectativa para o índice de atividade do Banco Central (IBC-Br), também de junho e que sai na quinta-feira 15, de 1,5% para 1,4%.

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