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Juros longos sobem junto ao dólar e com incerteza doméstica

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em abril de 2015 (34.545 contratos) estava em 12,270%


	Bovespa: taxas exibiram viés de alta nesta quarta-feira, 28, num movimento alinhado ao dólar
 (Germano Lüders/EXAME)

Bovespa: taxas exibiram viés de alta nesta quarta-feira, 28, num movimento alinhado ao dólar (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 16h12.

São Paulo - O conteúdo da ata do Copom, a ser divulgada na quinta-feira, 29, deixou os investidores em juros em compasso de espera hoje.

Apesar disso, as taxas exibiram viés de alta nesta quarta-feira, 28, num movimento alinhado ao dólar, que subiu ante o real, e tendo como pano de fundo o aumento das incertezas em relação à economia doméstica, diante do risco de racionamento de energia e de água, além das questões envolvendo a Petrobras.

O resultado do encontro do Federal Reserve nesta tarde também concentrou as atenções dos agentes.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em abril de 2015 (34.545 contratos) estava em 12,270%, de 12,272% no ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2016 (67.360 contratos) apontava 12,68%, de 12,69% ontem.

O DI para janeiro de 2017 (99.190 contratos) mostrava 12,35%, de 12,33% no ajuste anterior.

E o DI para janeiro de 2021 (82.275 contratos) indicava 11,74%, de 11,66% no ajuste da véspera.

O dólar comercial terminou a sessão em alta de 0,16%, a R$ 2,5750.

Os indicadores fechados de 2014 que aos poucos vão sendo divulgados mostram uma economia debilitada.

Hoje, a Receita anunciou que a arrecadação de tributos federais teve queda real de 1,79% em 2014 ante 2013, totalizando R$ 1,187 trilhão.

É o primeiro recuo do recolhimento de impostos em termos reais desde 2009, auge da crise financeira internacional, quando a arrecadação teve uma queda de 2,66% em relação a 2008.

O resultado também veio abaixo das estimativas feitas pela Receita Federal, que previa um crescimento de zero no ano passado, depois de ter começado 2014 com uma previsão de alta de 3,5% na arrecadação.

Também ficou aquém da mediana da pesquisa AE Projeções, de R$ 1,199 trilhão, encontrada a partir do intervalo entre R$ 1,100 trilhão e R$ 1,205 trilhão.

Em dezembro, a arrecadação somou R$ 114,748 bilhões, o que representa uma queda real de 8,89% ante dezembro de 2013 e uma alta de 8,99% ante novembro de 2014.

Os dados da dívida pública, conhecidos antes da arrecadação, não fizeram preço nos juros.

De acordo com um profissional da área de renda fixa, houve uma pequena diminuição da inclinação negativa da curva, uma vez que os vencimentos longos são afetados mais intensamente pelas incertezas.

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