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Juros futuros sobem com dólar

Os agentes também absorvem o resultado do PIB do terceiro trimestre de 2014


	Operadores na Bovespa: às 9h58, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2015 tinha taxa de 11,475%
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Operadores na Bovespa: às 9h58, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2015 tinha taxa de 11,475% (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2014 às 10h30.

São Paulo - Os juros futuros acompanham na manhã desta sexta-feira, 28, a alta do dólar à vista no balcão, que por sua vez é sustentada por diversos fatores, incluindo declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, quanto à oferta da moeda no mercado futuro, formação da taxa Ptax do fim de novembro e valorização no exterior.

Os agentes também absorvem o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2014, mas com menos efeito sobre as taxas.

No balanço, crescem as apostas em torno de uma elevação de 0,50 ponto porcentual da Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana que vem.

Às 9h58, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2015 tinha taxa de 11,475%, de 11,444% no ajuste de quinta-feira, 27.

Segundo operadores, pouco antes disso, a chance de o BC aumentar o passo no aperto monetário na próxima quarta-feira, de 0,25 pp para 0,50 pp, se aproximava de 90%.

O DI para janeiro de 2016 apontava 12,41%, de 12,33%; o DI para janeiro de 2017 indicava de 12,17%, de 12,07%; e o DI para janeiro de 2021 projetava 11,65%, de 11,63% no ajuste de quinta-feira, 27..

O dólar se sobrepõe em relação ao resultado do PIB no mercado de juros uma vez que, dizem analistas e operadores, representa inflação e sugere riscos no longo prazo. Já o ritmo da economia desautorizaria um avanço das taxas futuras pelo resultado fraco.

O PIB brasileiro subiu 0,1% entre julho e setembro, na comparação com o segundo trimestre, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado veio dentro do intervalo das estimativas - queda de 0,10% a alta de 0,60% - e abaixo da mediana - positiva de 0,20% - coletadas pelo AE Projeções.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2013, o PIB recuou 0,2%. Neste caso, as previsões coletadas iam de retração de 0,50% até expansão de 0,10%, com mediana negativa de 0,10%.

Logo mais, o Banco Central divulgará o resultado primário do setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobrás), por meio da Nota de Política Fiscal (10h30). Tal número será avaliado. Conduto, pode ser considerado dado retrovisor.

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