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Juros encerram em alta pressionados pelo dólar

No fechamento da sessão regular, o DI janeiro de 2015 terminou na máxima de 10,88%, de 10,87% no ajuste de ontem e 80.285 contratos


	Bovespa: os juros estiveram na contramão da curva norte-americana
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: os juros estiveram na contramão da curva norte-americana (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2014 às 17h29.

São Paulo - Os juros futuros encerraram em alta firme a sessão desta quinta-feira, 25, alinhados à trajetória de valorização do dólar e também afetados pela aversão ao risco que prevaleceu no exterior, que costuma provocar reversão das posições vendidas no trecho longo da curva onde atuam com mais força os investidores estrangeiros.

No fechamento da sessão regular, o DI janeiro de 2015 terminou na máxima de 10,88%, de 10,87% no ajuste de ontem e 80.285 contratos.

O DI janeiro de 2016, com 150.065 contratos, estava em 11,73%, de 11,64% no ajuste de ontem.

Com 278.750 contratos, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 11,95%, de 11,81% no ajuste anterior.

O contrato com vencimento em janeiro de 2021 projetava 11,84%, ante 11,70% no ajuste da véspera, com 172.885 contratos.

O dólar à vista no balcão encerrou cotado em R$ 2,4300, aumento de 1,89%, na máxima do dia. É o maior valor desde 3 de fevereiro (R$ 2,4350).

Os juros estiveram na contramão da curva norte-americana, onde os investidores avessos ao risco buscaram refúgio nos Treasuries. Assim, o rendimento dos papéis recuou, com a taxa da T-Note de dez anos operando a 2,509% perto das 16h30.

O movimento de fuga para a qualidade dominou os mercados nesta quinta-feira, definido por uma série de fatores, entre eles informações ainda não confirmadas de que a Rússia estaria estudando confiscar ativos de estrangeiros em seu território em represália às sanções impostas pelo Ocidente e preocupações com o desempenho da economia global.

Aos fracos indicadores da atividade da zona do euro conhecidos nos últimos dias, somam-se as dúvidas sobre a economia chinesa reforçadas pela sinalização do governo do país nesta semana de que não haverá estímulos à atividade.

Nos EUA, hoje chamou a atenção a queda das encomendas de bens duráveis de 18,2% em agosto, mais do que a previsão de -17,5%.

Contribuiu ainda para a cautela do mercado local a expectativa com as próximas pesquisas eleitorais, que podem endossar o quadro de melhora das intenções de voto da candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, e de piora da candidata do PSB, Marina Silva.

Amanhã, são esperados os dados do levantamento do Datafolha, que devem ser divulgados à noite.

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