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Juros: DI despenca após sinalizações da ata do Copom e Fed

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro de janeiro de 2013 cai 16 pontos-base

É a maior queda em quase quatro meses após o Banco Central sinalizar que a taxa Selic poderá cair para menos de 10% na ata do Comitê de Política Monetária (Marcelo Calenda/EXAME.com)

É a maior queda em quase quatro meses após o Banco Central sinalizar que a taxa Selic poderá cair para menos de 10% na ata do Comitê de Política Monetária (Marcelo Calenda/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2012 às 10h54.

São Paulo - Os juros nos mercados futuros tiveram a maior queda em quase quatro meses após o Banco Central sinalizar que a taxa Selic poderá cair para menos de 10 por cento na ata do Comitê de Política Monetária e com a expectativa de que os juros americanos permanecerão perto de zero.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro de janeiro de 2013 caía 16 pontos-base às 10:05, para 9,68 por cento, após cair na mínima até 20 pontos, maior queda desde 3 de outubro. O dólar operava em baixa de 1,2 por cento, a R$ 1,7369, com especulações de que o fluxo de capital para o Brasil crescerá com a sinalização do banco central americano de manter os juros baixos até 2014. As bolsas externas, o euro e commodities se valorizam, enquanto os juros dos títulos americanos e europeus caem.

A Ata do Copom reforça a expectativa de que o juro básico da economia deve recuar para 9,5 por cento neste ano, disse Roberto Padovani, economista-chefe da Votorantim CTVM Ltda.

A justificativa para tal cenário inclui “uma política fiscal que permite isso, um cenário externo que também contribui para juros mais baixos”, disse Padovani em entrevista por telefone de São Paulo. “Estava com Selic em 10 por cento, e acho que o cenário mais provável é de 9,5 por cento” para este ano.

O economista disse que o mercado futuro de juros reage com queda devido à ata de hoje a ao anúncio do Fed ontem. “Tem o anúncio do Fed, pressionando para baixo os nossos mercados, e o dado de hoje que é fundamental, mostrando que a Selic deve ficar mais baixa.”

‘Patamares de um dígito’

O “aumento na oferta de poupança externa”, com redução do custo de captação, a desaceleração da economia brasileira no segundo semestre do ano passado maior do que se antecipava e a demorada de uma “solução definitiva” para a crise financeira europeia fazem com que haja “elevada probabilidade à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares de um dígito”, disse o BC na Ata do Copom, publicada hoje no website da instituição. O BC cortou a taxa Selic para 10,5 por cento na reunião encerrada em 18 de janeiro.


“A ata é bem dovish”, disse Marina Santos, economista- chefe da Squanto Investimentos em entrevista hoje por telefone de São Paulo. “Eles falaram bastante na redução da taxa de juros neutra.”

O Fed disse ontem, em comunicado de reunião de política monetária, que vê um juro “excepcionalmente baixo” até 2014. Antes, ele havia prometido não elevar a taxa até no mínimo a metade de 2013. O Fed também rebaixou as projeções para o crescimento econômico e alta de preços e estabeleceu como meta uma inflação de 2 por cento.

Inflação

O Índice de Preços ao Consumidor da cidade de São Paulo desacelerou inesperadamente para 0,68 por cento até 23 de janeiro. A previsão de economistas ouvidos pela Bloomberg era de uma alta de 0,81 por cento para o período. A taxa de desemprego caiu de 5,2 por cento em novembro para a mínima histórica de 4,7 por cento em dezembro, disse hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A taxa foi menor do que a previsão mediana de economistas, que era de 4,9 por cento.

O Tesouro Nacional faz leilão de Letras do Tesouro Nacional para 2013, 2014 e 2016, das 11:00 às 11:30. O resultado sai às 12:00.

O Brasil provavelmente fechou 2011 com superávit primário de R$ 92 bilhões, R$ 10 bilhões acima da meta, disse hoje a Folha de S.Paulo, sem dizer como obteve a informação.

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