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Juros de longo prazo sobem com o dólar

Entre motivos para subida de juros longos estiveram os dados positivos dos Estados Unidos, que puxaram os juros dos treasuries, e a forte valorização do dólar


	Ao término da negociação normal na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (com expressivos 1.304.225 contratos) marcava 7,57%, igual ao ajuste anterior
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Ao término da negociação normal na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (com expressivos 1.304.225 contratos) marcava 7,57%, igual ao ajuste anterior (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2013 às 17h24.

São Paulo - Na véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) e do anúncio do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, as taxas futuras de juros de curto prazo oscilaram ao redor do ajuste nesta terça-feira, 28, sem que os investidores quisessem tomar posições mais arriscadas.

Os juros longos, no entanto, subiram com intensidade, ainda que tenham registrado alguma desaceleração ao longo da tarde. Entre os motivos para esse movimento estiveram os dados positivos dos Estados Unidos, que puxaram os juros dos treasuries, e a forte valorização do dólar, que passou de R$ 2,07 no pregão de hoje.

Ao término da negociação normal na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (com expressivos 1.304.225 contratos) marcava 7,57%, igual ao ajuste anterior. O DI com vencimento em janeiro de 2014 (452.280 contratos) apontava mínima de 8,13%, ante 8,15% ontem.

O juro com vencimento em janeiro de 2015 (471.235 contratos) indicava 8,61%, ante 8,60% na véspera. Entre os longos, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (311.770 contratos) marcava 9,48%, ante 9,37% ontem, e o DI para janeiro de 2021 (31.230 contratos) estava em 10,22%, ante 10,03% no ajuste anterior.

De acordo com profissionais de renda fixa, os investidores estão em compasso de espera pelo resultado do PIB, a ser anunciado nesta quarta-feira, 29, às 9 horas, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Há quem acredite que um resultado decepcionante da atividade no primeiro trimestre pode tornar algumas apostas mais cautelosas, para 0,25 ponto porcentual de alta. No entanto, se o PIB for positivo, o mercado pode consolidar sua visão em um aperto de 0,50 ponto.

Em meio a isso, a melhora do ambiente externo e o forte avanço do dólar puxaram as taxas de juros mais longas. O dado que mais pesou foi a confiança do consumidor norte-americano medido pelo Conference Board, que mostrou elevação para 76,2 em maio, o nível mais alto desde fevereiro de 2008, de uma leitura revisada de 69 em abril e acima das estimativas (72,0).

No Brasil, o Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado pelo IBGE, registrou alta de 0,35% em abril, o maior da indústria de transformação neste ano. No acumulado do ano, o indicador teve queda de 0,06% e, em 12 meses, alta de 5,48%.

Mais cedo, o índice de confiança da indústria (ICI) subiu 0,8% em maio ante abril, passando de 104,2 pontos para 105,0 pontos, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Já a confiança do empresário do comércio evoluiu desfavoravelmente em maio, quando avaliado em médias móveis. O Índice de Confiança do Comércio (Icom) para o trimestre encerrado em maio da FGV foi de uma queda de 3,6%. Em abril, a taxa havia registrado um recuo de 2,9% na mesma base de comparação.

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