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Juros com vencimentos mais longos fecham estáveis

As oscilações foram ditadas, em grande medida, pelo comportamento do dólar

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (51.180 contratos) estava em 10,03% (BM&FBovespa/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 16h07.

São Paulo - As taxas futuras de juros , num pregão de liquidez bastante reduzida, terminaram nesta segunda-feira, 4, praticamente estáveis nos vencimentos mais longos e com leve queda nos prazos curtos e intermediários. As oscilações foram ditadas, em grande medida, pelo comportamento do dólar.

A moeda, que chegou a operar abaixo de R$ 2,24 pela manhã, desacelerou a queda na reta final de negócios, fazendo os juros longos abandonarem o sinal de baixa. Além disso, os investidores esperaram pelas declarações, em Fortaleza, do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, que ainda haviam ocorrido até as 16h30.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (51.180 contratos) estava em 10,03%, de 10,02% no ajuste anterior.

O juro para janeiro de 2015 (133.135 contratos) indicava 10,62%, de 10,67% no ajuste de sexta-feira, 1. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (86.960 contratos) apontava 11,65%, ante 11,67%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (13.900 contratos) marcava máxima de 12,05%, de 12,02% no ajuste anterior.

"O volume foi muito pequeno, um dos menores do ano, o que facilitou a puxada das taxas longas para os ajustes à tarde. Mesmo porque o dólar caía mais pela manhã", pontuou um operador. Ao longo do pregão, o recuo do dólar ante o real, em linha com o exterior e corrigindo a forte valorização da semana passada, manteve os juros em baixa durante boa parte do dia. No fim, o dólar à vista no balcão terminou cotado a R$ 2,2460, com queda de 0,35%. Mais cedo, no entanto, chegou a operar abaixo de R$ 2,24.

Nesta segunda-feira, após encontro com as centrais sindicais, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ter discutido a elevação dos gastos do governo com seguro-desemprego e abono salarial e voltou a afirmar que dois pontos trazem esse aumento nos aportes públicos.

"O aumento da rotatividade ou fraude podem estar sendo cometidos por empresários", disse. De acordo com Mantega, os gastos com essas modalidades corresponderão a R$ 47 bilhões este ano, ou 1% do Produto Interno Bruto (PIB).

Na sexta-feira, o Ministério do Trabalho já havia informado algumas mudanças em relação ao seguro-desemprego. O trabalhador que entrar com o pedido do benefício pela segunda vez em dez anos, por exemplo, será candidato automático aos cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Se não frequentá-los, pode perder o benefício.

Os investidores em juros também adotam certa cautela antes da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, na quinta-feira, 7.

Mesmo porque, os últimos indicadores de preços surpreenderam para cima. Nesta segunda, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) anunciou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,48% no fechamento de outubro, ante alta de 0,25% em setembro - no teto do intervalo das estimativas colhidas pelo AE Projeções.

Nos Estados Unidos, indicadores mistos de atividade e declarações de diretores do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), sugerindo que ainda não há nada definido sobre a redução dos estímulos, fazem os juros dos Treasuries devolverem um pouco da alta vista no fim da semana passada. O yield do T-note de 10 anos marcava 2,606% às 16h30, de 2,624% no fim da tarde de sexta-feira.

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A moeda, que chegou a operar abaixo de R$ 2,24 pela manhã, desacelerou a queda na reta final de negócios, fazendo os juros longos abandonarem o sinal de baixa. Além disso, os investidores esperaram pelas declarações, em Fortaleza, do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, que ainda haviam ocorrido até as 16h30.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (51.180 contratos) estava em 10,03%, de 10,02% no ajuste anterior.

O juro para janeiro de 2015 (133.135 contratos) indicava 10,62%, de 10,67% no ajuste de sexta-feira, 1. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (86.960 contratos) apontava 11,65%, ante 11,67%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (13.900 contratos) marcava máxima de 12,05%, de 12,02% no ajuste anterior.

"O volume foi muito pequeno, um dos menores do ano, o que facilitou a puxada das taxas longas para os ajustes à tarde. Mesmo porque o dólar caía mais pela manhã", pontuou um operador. Ao longo do pregão, o recuo do dólar ante o real, em linha com o exterior e corrigindo a forte valorização da semana passada, manteve os juros em baixa durante boa parte do dia. No fim, o dólar à vista no balcão terminou cotado a R$ 2,2460, com queda de 0,35%. Mais cedo, no entanto, chegou a operar abaixo de R$ 2,24.

Nesta segunda-feira, após encontro com as centrais sindicais, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ter discutido a elevação dos gastos do governo com seguro-desemprego e abono salarial e voltou a afirmar que dois pontos trazem esse aumento nos aportes públicos.

"O aumento da rotatividade ou fraude podem estar sendo cometidos por empresários", disse. De acordo com Mantega, os gastos com essas modalidades corresponderão a R$ 47 bilhões este ano, ou 1% do Produto Interno Bruto (PIB).

Na sexta-feira, o Ministério do Trabalho já havia informado algumas mudanças em relação ao seguro-desemprego. O trabalhador que entrar com o pedido do benefício pela segunda vez em dez anos, por exemplo, será candidato automático aos cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Se não frequentá-los, pode perder o benefício.

Os investidores em juros também adotam certa cautela antes da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, na quinta-feira, 7.

Mesmo porque, os últimos indicadores de preços surpreenderam para cima. Nesta segunda, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) anunciou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,48% no fechamento de outubro, ante alta de 0,25% em setembro - no teto do intervalo das estimativas colhidas pelo AE Projeções.

Nos Estados Unidos, indicadores mistos de atividade e declarações de diretores do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), sugerindo que ainda não há nada definido sobre a redução dos estímulos, fazem os juros dos Treasuries devolverem um pouco da alta vista no fim da semana passada. O yield do T-note de 10 anos marcava 2,606% às 16h30, de 2,624% no fim da tarde de sexta-feira.

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