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Juros caem com dólar e cautela com Copom de amanhã

No fim da sessão regular do mercado de juros, na BM&F Bovespa, contrato de Depósito Interfinanceiro com vencimento em janeiro de 2015 apontava taxa de 10,925%


	Bovespa; taxas de juros foram afetadas pela cautela na véspera da decisão de política monetária do Copom
 (Yasuyoshi/AFP Photo)

Bovespa; taxas de juros foram afetadas pela cautela na véspera da decisão de política monetária do Copom (Yasuyoshi/AFP Photo)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 16h07.

São Paulo - As taxas de juros futuras recuaram na sessão desta terça-feira, 28, em sintonia com a queda do dólar e afetadas pela cautela na véspera da decisão de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Os agentes financeiros operaram na expectativa pela definição de quem comandará o Ministério da Fazenda e por anúncios de medidas prometidas pela presidente para estimular a economia.

Especula-se no mercado que o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o ex-secretário executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, e o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, estariam entre as opções estudadas para a pasta.

Em entrevistas concedidas ontem à noite, Dilma evitou falar de nomes para o novo governo.

Em contrapartida, ela afirmou que vai anunciar até o fim do ano medidas para transformar e melhorar o crescimento econômico, dando início às reformas necessárias ao país já em novembro.

A diretora-gerente de ratings soberanos da Standard & Poor's, Lisa Schineller, disse hoje com exclusividade ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado que, mais do que conhecer o novo ministro da Fazenda e a nova equipe econômica do próximo governo de Dilma, será importante ver os sinais sobre as políticas que serão adotadas nos próximos anos e a efetiva execução dessas políticas.

"O fator-chave é saber as políticas que estão por vir", afirmou.

No fim da sessão regular do mercado de juros, na BM&F Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 (35.340 contratos) apontava taxa de 10,925%, de 10,95% no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2016 (176.145 contratos) tinha taxa de 11,78%, ante 11,83%. O

DI para janeiro de 2017 (237.280 contratos) indicava taxa de 11,92%, ante 12,07% no ajuste anterior.

No contrato com vencimento em janeiro de 2021 (134.765 contratos), a taxa era de 11,95%, ante 12,14% no ajuste de ontem.

A agenda de indicadores econômicos teve como destaques o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo.

Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o indicador registrou uma alta de 0,37% na terceira quadrissemana de outubro, na comparação com a segunda leitura deste mês.

O resultado ficou dentro do intervalo das previsões, que eram de avanços de 0,35% e 0,39%, com mediana de 0,37%.

A Fundação Getúlio Vargas informou que o Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) ficou em 0,20% em outubro, mostrando aceleração ante a alta de 0,16% registrada em setembro.

A taxa ficou dentro do intervalo das estimativas, que iam de 0,15% a 0,22%, e ligeiramente acima da mediana, de 0,19%.

Amanhã, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central encerra sua reunião de dois dias de política monetária.

Em nota para clientes, a corretora Brasil Plural disse que a primeira reunião de política monetária do Banco Central pós-eleição ocorrerá com os preços dos ativos, especialmente o real, sob estresse.

"Embora o Copom não seja um fixador de metas de câmbio, o comunicado do comitê após a reunião deverá provavelmente refletir a deterioração do cenário da inflação que se segue após uma nova onda de enfraquecimento do real", destacou.

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