Juros caem com cautela por Copom e temor sobre EUA
Taxa do CDI da sexta-feira voltou a subir de forma brusca, para 8,83%, ante 8,7% um dia antes, 3, o que provoca ajustes no trecho mais curto da curva de juros
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2013 às 17h09.
São Paulo - A natural cautela numa semana de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se somou aos temores em relação à questão fiscal dos Estados Unidos, resultando num dia de volume baixo de negócios. Assim, as taxas intermediárias e longas caíram nesta segunda-feira, 7, acompanhando a queda do dólar e dos yields dos Treasuries.
Os juros com prazos mais curtos, no entanto, subiram por causa de fatores técnicos. A taxa do CDI da sexta-feira, 4, voltou a subir de forma brusca, para 8,83%, ante 8,7% um dia antes, 3, o que provoca ajustes no trecho mais curto da curva de juros.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (136.410 contratos) marcava mínima de 9,416%, de 9,409% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (264.745 contratos) indicava taxa de 10,08%, ante 10,14% na sexta-feira. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 (75.445 contratos) apontava 11,24%, de 11,28%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (4.895 contratos) estava em 11,77%, ante 11,82% no ajuste anterior.
De acordo com profissionais da área de renda fixa, o cenário atual inspira essa cautela e o mercado de juros segue reagindo mais ao fatores externos do que aos domésticos. "A queda do dólar e dos juros dos Treasuries continuaram influenciando a parte intermediária e longa da curva a termo, fazendo as taxas caírem", afirmou um operador.
Em meio a isso, os investidores promoveram ajustes de alta nas taxas mais curtas por causa da disparada do CDI na sexta-feira - a taxa terminou em 8,83%, de 8,7% na quinta-feira. Isso explica o fato de o contrato de juro futuro para janeiro de 2014 ser um dos poucos a subir nesta segunda-feira. "Ainda assim, a correção é discreta devido ao volume baixo, à cautela antes do Copom e à mudança no cálculo do CDI que começou a valer hoje", afirmou o operador.
No exterior, o governo dos EUA seguiu paralisado, sem um acordo entre republicanos e democratas que assegure a aprovação do orçamento. Além disso, a aproximação do prazo-limite para que o teto da dívida seja ampliado, no dia 17, adicionou aversão ao risco nos mercados.
Nesta segunda, o líder da Câmara, o republicano John Boehner, atrelou mais uma vez o debate sobre a elevação do teto da dívida à definição do Orçamento para 2014, enquanto o secretário do Tesouro, Jack Lew, alertou que o Congresso brinca com fogo. Nesse ambiente, o yield da T-note de 10 anos cedia a 2,634% às 16h31, de 2,652% no fim da tarde de sexta-feira. Enquanto isso, o dólar à vista ante o real recuou 0,18%, cotado a R$ 2,2070 no balcão.
São Paulo - A natural cautela numa semana de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se somou aos temores em relação à questão fiscal dos Estados Unidos, resultando num dia de volume baixo de negócios. Assim, as taxas intermediárias e longas caíram nesta segunda-feira, 7, acompanhando a queda do dólar e dos yields dos Treasuries.
Os juros com prazos mais curtos, no entanto, subiram por causa de fatores técnicos. A taxa do CDI da sexta-feira, 4, voltou a subir de forma brusca, para 8,83%, ante 8,7% um dia antes, 3, o que provoca ajustes no trecho mais curto da curva de juros.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (136.410 contratos) marcava mínima de 9,416%, de 9,409% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (264.745 contratos) indicava taxa de 10,08%, ante 10,14% na sexta-feira. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 (75.445 contratos) apontava 11,24%, de 11,28%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (4.895 contratos) estava em 11,77%, ante 11,82% no ajuste anterior.
De acordo com profissionais da área de renda fixa, o cenário atual inspira essa cautela e o mercado de juros segue reagindo mais ao fatores externos do que aos domésticos. "A queda do dólar e dos juros dos Treasuries continuaram influenciando a parte intermediária e longa da curva a termo, fazendo as taxas caírem", afirmou um operador.
Em meio a isso, os investidores promoveram ajustes de alta nas taxas mais curtas por causa da disparada do CDI na sexta-feira - a taxa terminou em 8,83%, de 8,7% na quinta-feira. Isso explica o fato de o contrato de juro futuro para janeiro de 2014 ser um dos poucos a subir nesta segunda-feira. "Ainda assim, a correção é discreta devido ao volume baixo, à cautela antes do Copom e à mudança no cálculo do CDI que começou a valer hoje", afirmou o operador.
No exterior, o governo dos EUA seguiu paralisado, sem um acordo entre republicanos e democratas que assegure a aprovação do orçamento. Além disso, a aproximação do prazo-limite para que o teto da dívida seja ampliado, no dia 17, adicionou aversão ao risco nos mercados.
Nesta segunda, o líder da Câmara, o republicano John Boehner, atrelou mais uma vez o debate sobre a elevação do teto da dívida à definição do Orçamento para 2014, enquanto o secretário do Tesouro, Jack Lew, alertou que o Congresso brinca com fogo. Nesse ambiente, o yield da T-note de 10 anos cedia a 2,634% às 16h31, de 2,652% no fim da tarde de sexta-feira. Enquanto isso, o dólar à vista ante o real recuou 0,18%, cotado a R$ 2,2070 no balcão.