SÃO PAULO, 8 de novembro (Reuters) - As projeções de juros
mais longos subiam nesta segunda-feira, em meio a especulações
sobre uma mudança na direção do Banco Central no novo governo
de Dilma Rousseff, levantada por matérias em jornais do fim de
semana.

Às 10h18, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI)
janeiro de 2012 projetava 11,42 por cento, contra
11,47 por cento no ajuste da sexta-feira.

O DI janeiro de 2013 estava em 11,92 por cento,
ante 11,88 por cento e o 2014 em 11,91 por cento, ante
11,82 por cento.

O jornal O Estado de S. Paulo disse no domingo, citando
fonte anônima, que Dilma não deve manter Henrique Meirelles na
chefia do Banco Central, optando por alguém mais disposto a
cortar juros. Procurado pela Reuters no domingo, um assessor de
imprensa do BC preferiu não cometar a notícia.

"É a questão do Meirelle. A saída dele tende a ter um
efeito de enfraquecer a pressão dos (contratos) curtos, mas
gerar pressão sobre longos", disse Silvio Campos Neto,
economista-chefe do Banco Schahin.

"Isso porque geraria uma queda na Selic agora e um aumento
no futuro", acrescentou, referindo-se e uma eventual mudança na
presidência do BC por alguém mais propenso a cortar juro.

Atualmente, a visão do mercado é de estabilidade da Selic
neste ano em 10,75 por cento. A próxima reunião do Comitê de
Política Monetária (Copom) está marcada para 7 e 8 de dezembro.
Não há consenso sobre 2011.

Na agenda do dia, o Focus mostrou que o mercado elevou pela
oitava semana seguida a previsão de inflação deste ano, para
5,31 por cento, mas manteve a do próximo, em 4,99 por cento
[ID:nN0869157].

Outro dado mostrou que a inflação medida pelo Índice de
Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou para 0,67 por
cento na primeira prévia do mês, ante 0,59 por cento em outubro
[ID:nN08132313].