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JURO-DIs sobem com notícias de inflação em alta

Por Vanessa Stelzer SÃO PAULO, 29 de novembro (Reuters) - As projeções de juros encerraram a segunda-feira em alta, após a divulgação de mais números de inflação em aceleração. No call das 16h, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) janeiro de 2012 projetava 12,03 por cento, ante 12,02 por cento no ajuste de sexta-feira. O […]

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2010 às 15h05.

Por Vanessa Stelzer

SÃO PAULO, 29 de novembro (Reuters) - As projeções de juros
encerraram a segunda-feira em alta, após a divulgação de mais
números de inflação em aceleração.

No call das 16h, o contrato de Depósito Interfinanceiro
(DI) janeiro de 2012 projetava 12,03 por cento, ante
12,02 por cento no ajuste de sexta-feira. O DI janeiro de 2013
estava em 12,34 ante 12,25 por cento.

O Focus mostrou que o mercado elevou a estimativa de
inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) de 2011 para 5,20 por cento, contra 5,15 por cento na
semana anterior. A projeção para a Selic no fim de 2011 foi
elevada de 12 para 12,25 por cento [ID:nN29190141].

"O reajuste (da Selic) incorpora, assim, a expectativa,
cada vez mais concreta, de que o Banco Central terá de
reajustar novamente a taxa de juros para conter o crescimento
da demanda", afirmou Fábio Combat, economista do departamento
econômico da Concórdia Corretora.

"Avaliamos que esse é, de fato, o cenário mais provável
para 2011, considerando as pressões já aguardadas para o final
de 2010 (13o salário, inflação de alimentos e aumento do
consumo por conta das festas de fim de ano) e para o começo de
2011 (ajuste de contratos com base na inflação acumulada em
2010 e despesas extras comuns no começo de ano), que deverão
manter a pressão sobre os preços em patamares elevados."

Ele acredita que o aumento do juro pode ocorrer já no
início de 2011, visão que vem ganhando força no mercado após a
divulgação de dados recentes de inflação acima do esperado.

Nesta sessão, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M)
subiu 1,45 por cento em novembro, após alta de 1,01 por cento
em outubro. Analistas consultados pela Reuters esperavam avanço
de 1,35 por cento [ID:nN29187324].

Durante o pregão, os DIs chegaram a operar em queda,
acompanhando a aversão a risco global, onde as bolsas caem com
a continuidade das preocupações sobre a crise de dívida da
Europa.

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