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JBS ignora pedido de BNDES e tem dia de alta na Bolsa

Banco, que detém pouco mais de 21% das ações do frigorífico, pede a saída de Wesley Batista do comando da empresa

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 28 de agosto de 2017 às 15h56.

Última atualização em 29 de agosto de 2017 às 14h44.

São Paulo -- A JBS registra ganhos na Bolsa nesta segunda-feira, no quinto pregão seguido de altas. Durante o dia, as ações do frigorífico chegaram a subir 5,6%, negociadas a 9,38 reais, enquanto o Ibovespa mostrava variação positiva de até 0,4%.

O conselho de administração da empresa decidiu manter Wesley Batista na presidência da empresa, rebatendo o pedido de afastamento feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e rejeitou o pedido de contratação imediata de auditoria externa para apuração dos fatos narrados nas delações premiadas dos irmãos Batista.

De acordo com a empresa, ela aguarda a adesão ao acordo de leniência entre sua controladora, a J&F, e o Ministério Público Federal para o início de uma investigação interna, a ser realizada por uma empresa independente. Assim que o acordo for fechado, informaram,  esse trabalho será iniciado.

O BNDES afirmou há alguns dias que vai defender em assembleia de acionistas marcada para a próxima sexta-feira a abertura de processo de responsabilidade contra os irmãos Wesley e Joesley Batista e outros ex-executivos da empresa por prejuízos causados à companhia. O banco, por meio do BNDESPar, é dono de 21,3% das ações da JBS.

Em comunicado enviado ao mercado, a empresa disse que a mudança seria prejudicial à sua "capacidade de recuperação comercial" e que não existem “elementos objetivos fundados em estudos e avaliações profissionais capazes de imputar ao senhor Wesley Batista a autoria de dano à companhia”.

 

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