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IPO da saúde: Athena, do Pátria Investimentos, pede registro de oferta

Companhia planeja usar os recursos da venda de ações novas para comprar operadoras de planos de saúde, clínicas e hospitais

No fim de 2020, a Athena tinha uma carteira de 708,4 mil beneficiários de planos de saúde ou odontológicos (Thomas Northcut/Thinkstock/Thinkstock)

No fim de 2020, a Athena tinha uma carteira de 708,4 mil beneficiários de planos de saúde ou odontológicos (Thomas Northcut/Thinkstock/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 11 de março de 2021 às 18h43.

Última atualização em 10 de maio de 2021 às 11h39.

(Reuters) - A Athena, controlada pelo Pátria Investimentos, pediu nesta quinta-feira, 11, registro para realizar uma oferta inicial de ações (IPO), uma vez que a pandemia da Covid-19 amplia o foco público sobre operadoras de planos de saúde e de hospitais.

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Criada em 2017, a Athena se apresenta como uma das maiores empresas de saúde suplementar do país e tem 5 operadoras, 24 clínicas, 7 unidades de pronto atendimento e 9 hospitais.

No fim de 2020, a Athena tinha uma carteira de 708,4 mil beneficiários de planos de saúde ou odontológicos, crescimento de 374,5% em três anos, resultado da combinação de expansão orgânica e de aquisições.

A companhia diz que seu modelo verticalizado de negócios e sua concentração geográfica fora do eixo Rio-São Paulo são fatores de vantagem comparativa.

A companhia se concentra nos Estados do Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Paraná. No ano passado, teve receita líquida de 1,359 bilhão de reais, alta de 23,6% em relação ao ano anterior, com a margem Ebitda subindo de 7,4% para 9,5%.

"Possuímos uma vasta gama de potenciais aquisições já mapeadas", afirma a Athena no prospecto preliminar da oferta, que será coordenada por Bank of America, XP, Bradesco BBI, BTG Pactual, Itaú BBA, Santander e ABC Brasil.

"Excetuando-se as praças dos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, estão sob análise ativos em praticamente todos demais Estados do país", acrescentou a companhia, que planeja usar os recursos da venda de ações novas para comprar operadoras de planos de saúde, clínicas e hospitais.

Um fundo administrado pelo Pátria, que detém 90,8% da companhia, também venderá uma fatia do negócio.

O anúncio mostra como o setor de saúde tem sido um dos mais prolíficos geradores de novas empresas para a bolsa brasileira, na esteira dos efeitos da pandemia da Covid-19.

Em fevereiro, os grupos hospitalares Mater Dei, Care Caledonia e o capixaba Kora Saúde também pediram registro para venderem ações pela primeira vez. Se concluírem seus planos, vão se juntar à Rede D'or São Luiz (RDOR3), que fez sua estreia no pregão em dezembro passado.

Na briga para ganhar escala num setor altamente fragmentado, essas empresas hospitalares vão competir com os grupos já listados como Hapvida (HAPV3) e Notre Dame Intermédica (GNDI3), que estão em processo de fusão.

Isso sem contar instituições que podem ser rivais indiretas, como as de diagnósticos médicos Fleury (FLRY3), Dasa (DASA3), Alliar (AALR3) e Hermes Pardini (PARD3).

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