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Investimentos em projetos e troca de dívida: a queda de 48% do lucro da JSL

JSL divulgou lucro líquido de R$ 107 milhões, uma queda de 47,8% na comparação com segundo trimestre do ano passado

JSL: "Assinamos R$ 1,3 bilhão em novos contratos. São números positivos e mostram consistência de resultado", diz CFO (Divulgação/Divulgação)

JSL: "Assinamos R$ 1,3 bilhão em novos contratos. São números positivos e mostram consistência de resultado", diz CFO (Divulgação/Divulgação)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 8 de agosto de 2024 às 07h36.

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A JSL (JSLG3), empresa de logística do grupo Simpar, divulgou na noite de quarta-feira, 7, seus dados referentes ao segundo trimestre de 2024. No período, o lucro líquido registrado foi de R$ 107 milhões, uma queda de 47,8% na comparação com segundo trimestre do ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi R$ 543,5 milhões, uma redução de 11,4%, frente ao mesmo período de 2023.

Guilherme Sampaio, CFO da JSL Logística, explicou que a queda do lucro está relacionada a concentração de investimentos em projetos, que trarão receita nos próximos trimestres. “Implementação de projetos em diferentes setores como em papel e celulose, químicos, automotivos. As despesas operacionais ficaram concentradas no segundo trimestre, mas trarão receitas nos próximos meses.”

Um dos projetos é a operação da Fadel em Gana, expandindo a operação internacional da companhia. Para implementação desses novos projetos, a JSL aumentou o quadro de empregados em quase 4 mil pessoas de dezembro a julho. O executivo também destacou o crescimento do aumento da carteira de clientes. No primeiro semestre deste ano, são 20 novos clientes. “Assinamos R$ 1,3 bilhão em novos contratos. São números positivos e mostram consistência de resultado.”

A JSL afirma ainda que os impactos dos custos pré-operacionais das implantações se somam ao fato de que o segundo trimestre é sazonalmente menor para as operações. A margem operacional da companhia segue pressionada pelos resultados da IC Transportes, que ainda não atingiram o patamar correto em suas operações. A JSL comprou a companhia em março do ano passado por R$ 587 milhões.

“Concluímos ao longo do primeiro trimestre, o ciclo de renegociações contratuais das operações Asset Heavy, especialmente nos setores de químicos e combustíveis, e seguimos adequando o posicionamento operacional no agronegócio, em que operamos no modelo Asset Light. Como consequência desses ajustes, tivemos importante redução de receita da IC (-30% na comparação com o segundo trimestre de 2023)". De acordo com a JSL, a conclusão da recuperação dos resultados entra agora em sua última fase, com a adequação da estrutura interna (custos) ao tamanho atual da empresa.

Endividamento

Outro fator que impactou o resultado da JSL foi o endividamento da companhia. No começo do ano, a empresa emitiu um Certificado de Recebível do Agronegócio (CRA) de R$ 1,75 bilhão, ao custo médio de CDI +0,97%.

Segundo Sampaio, a JSL estava focada no pagamento de dívidas mais caras. “Fizemos um R$ 1 bilhão em pagamentos e isso teve uma redução 0,5 ponto percentual no spread do nosso endividamento. Hoje, estamos no pico da alavancagem, mas já estamos como desalavancagem contratada.” A alavancagem é de 3,04x Dívida Líquida/EBITDA.

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