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Índices dos EUA caem com Apple e sombra do abismo fiscal

O Dow Jones recuou 0,27 por cento no pregão desta sexta-feira


	Imagem da Bolsa de Valores de Nova York: investidores mostraram cautela no pregão devido ao cenário de incerteza provocado pelas negociações do abismo fiscal
 (©AFP/Getty Images / Allison Joyce)

Imagem da Bolsa de Valores de Nova York: investidores mostraram cautela no pregão devido ao cenário de incerteza provocado pelas negociações do abismo fiscal (©AFP/Getty Images / Allison Joyce)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 19h14.

Os principais índices acionários norte-americanos fecharam em baixa nesta sexta-feira, derrubados por mais uma queda no papel da Apple, com investidores evitando ainda ações devido à incerteza em torno do abismo fiscal.

O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,27 por cento, para 13.135 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,41 por cento, para 1.413 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,70 por cento, para 2.971 pontos.

Para o Nasdaq, que fechou a semana com oscilação negativa de 0,2 por cento, esta foi a segunda semana consecutiva de perdas.

O Dow Jones também acumulou baixa de 0,2 por cento desde a última segunda-feira, enquanto o S&P 500 recuou 0,3 por cento.

A ação da Apple recuou 3,8 por cento, para 509,79 dólares, após o banco UBS reduzir seu preço-alvo para o papel de 780 dólares para 700 dólares. A ação da maior companhia dos EUA em termos de valor de mercado tem sido fortemente atingida nos últimos três meses. Nesta sexta-feira, o papel caiu também após uma recepção fria ao iPhone 5 na China.


O índice de tecnologia da informação do S&P 500, por sua vez, perdeu 1 por cento, devido às quedas dos papéis da própria Apple e da Jabil Circuit, que recuou 5,5 por cento, para 17,51 dólares, após o UBS também reduzir seu preço-alvo.

Enquanto isso, a possibilidade de que não haja um acordo para resolver o abismo fiscal até o início de 2013 está crescendo. As negociações arrastadas em Washington têm mantido os mercados na defensiva em um período que já é tradicionalmente contido para o desempenho das ações.

"Nós enfrentamos incerteza (...) e isso vai continuar até janeiro. (O impasse) basicamente coloca todo mundo em uma postura defensiva, e os mercados ficam relativamente desorientados ao seu redor", avaliou o operador sênior de ações do Cabrera Capital Markets em Boston, Larry Peruzzi.

O presidente norte-americano, o democrata Barack Obama, e o presidente da Câmara dos Deputados, o republicano John Boehner, ainda realizaram uma reunião "franca" na quinta-feira na Casa Branca para discutir como evitar os aumentos de impostos e cortes de gastos que passam a valer automaticamente no início de 2013.

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