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Índices ampliam perdas; Nasdaq cai mais de 1%

O crescimento das encomendas de fábricas nos EUA abaixo das expectativas decepcionou o mercado, refletindo-se sobre o desempenho dos índices


	Traders na bolsa de Nova York: às 16h14, o Nasdaq registrava queda de 1,20 por cento
 (REUTERS/Brendan McDermid)

Traders na bolsa de Nova York: às 16h14, o Nasdaq registrava queda de 1,20 por cento (REUTERS/Brendan McDermid)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2013 às 16h06.

Nova York - Os principais índices norte-americanos operavam no vermelho nesta segunda-feira após a divulgação de um relatório decepcionante sobre encomendas à indústria, recuando ainda dos ganhos da última sessão, na qual o S&P atingiu sua máxima em cinco anos e o Dow Jones superou 14.000 pontos.

Às 16h14 (horário de Brasília), o índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuava 0,87 por cento, para 13.888 pontos. O índice Standard & Poor's 500 tinha desvalorização de 0,94 por cento, para 1.498 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caía 1,20 por cento, para 3.140 pontos.

Dados do Departamento de Comércio norte-americano mostraram que a quantidade geral de encomendas de fábricas cresceu 1,8 por cento durante o mês, abaixo das expectativas de economistas.

O relatório acrescentou que pedidos de bens de capital fora das indústrias de defesa e aviação cresceram 0,3 por cento em dezembro. A categoria é vista como uma medida dos planos de investimento corporativo nos EUA.

Dados econômicos indicam uma modesta recuperação nos EUA, mas os números não têm sido fortes o suficiente para aplacar as expectativas de investidores de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, dê continuidade a sua política de estímulos, que impulsionou as ações recentemente.

Investidores adotavam uma postura cautelosa também nesta segunda-feira devido à incerteza política na zona do euro, o que levou a uma forte alta nos yields (rendimentos) dos títulos da dívida soberana da Espanha.


Os papéis da Chevron e do Wal-Mart estavam entre os que mais exerciam peso sobre o Dow Jones, após analistas reduzirem o preço-alvo para essas ações.

"Os quesitos técnicos do S&P 500 estão em níveis sobrecomprados e dados que levam investidores a buscar ativos mais seguros, que bancos centrais têm muito mais dificuldade para controlar, rebateram mínimas recentes", disse o diretor de gestão do Cantor Fitzgerald & Co em Nova York, Peter Cecchini.

Os yields de bônus espanhóis e italianos avançaram renovando temores sobre a crise da dívida soberana na zona do euro.

O primeiro-ministro espanhol enfrenta pedidos de renúncia em meio a um escândalo de corrupção, enquanto uma investigação sobre suposto mau comportamento envolvendo um banco italiano deve estender-se por três semanas, antes de uma eleição nacional.

O índice S&P 500 encerrou com alta na sexta-feira, cerca de 60 pontos abaixo de sua máxima histórica intradia de 2.576 pontos, enquanto o avanço do Dow Jones para acima de 14.000 pontos foi o maior avanço do índice desde outubro de 2007.

O S&P acumula alta de 5,5 por cento no ano. Quase metade desses ganhos foi registrada após parlamentares norte-americanos contornarem temporariamente o "abismo fiscal", conjunto de aumentos de impostos e cortes de gastos automáticos.

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