Índice retoma viés de baixa pressionado por Embraer e Vale
Para investidores, a cena política segue inspirando cautela, particularmente sobre os efeitos no ajuste fiscal
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2015 às 12h44.
São Paulo - O principal índice da Bovespa não se sustentou no campo positivo, pressionado principalmente pela queda das ações da fabricante de aeronaves Embraer e da mineradora Vale , apesar do quadro positivo em praças acionárias no exterior.
Às 12h30, o Ibovespa perdia 0,25 por cento, a 50.341 pontos, após subir 0,53 por cento no melhor momento pela manhã.
O volume financeiro somava 1,75 bilhão de reais.
A cena política segue inspirando cautela, particularmente sobre os efeitos no ajuste fiscal, assim como o movimento do dólar frente ao real, que voltou a se aproximar dos 3 reais.
"Vivemos um daqueles momentos em que o risco se sobrepõe ao retorno como foco das estratégias. E não tem como ser diferente", escreveu o analista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital Markets, em nota a clientes.
"A crise política traz ameaça à governabilidade e por tabela pode comprometer seriamente o ajuste fiscal em andamento, o que jogaria o país numa séria crise econômica, com rebaixamento de rating e expressiva fuga de capitais", avalia.
Em Wall Street, o índice Standard & Poor's 500 avançava 0,24 por cento, após fechar em queda nas últimas duas sessões, em meio a números maiores que o esperado de pedidos iniciais de auxílio-desemprego.
No Brasil, as ações da Embraer despencavam desde a abertura após resultados fracos no quarto trimestre de 2014 e projeções da empresa para este ano que desapontaram analistas.
Os papéis recuavam 7,88 por cento, após entrarem em leilão diversas vezes por oscilação máxima permitida, tendo alcançado na mínima até agora queda de 13,5 por cento.
As preferenciais da Vale caíam 1,81 por cento nesta sessão, quando os preços do minério de ferro foram negociados abaixo de 60 dólares por tonelada na China, no nível mais baixo em cerca de seis anos, com Pequim endurecendo a luta contra a poluição e fechando algumas siderúrgicas.
Petrobras, que vem dominando o noticiário em razão da operação Lava Jato, que investiga denúncias de corrupção na estatal, não mostrava um rumo definido. Neste início de tarde, as preferenciais subiam 0,33 por cento.
O setor de alimentos e bebidas ajudava a amortecer a pressão negativa, com Ambev, que tem forte peso no índice, avançando 1,1 por cento, além de ganhos em papéis como BRF e JBS.
As siderúrgicas seguiam na ponta positiva, com o dólar valorizado frente ao real dando suporte para ganhos em papéis como Gerdau, que subia 1,92 por cento.
Ainda da safra de balanço, CCR subia 1,32 por cento, após fechar o quarto trimestre com avanço de 25,3 por cento no lucro líquido ante o mesmo período do ano anterior.
São Paulo - O principal índice da Bovespa não se sustentou no campo positivo, pressionado principalmente pela queda das ações da fabricante de aeronaves Embraer e da mineradora Vale , apesar do quadro positivo em praças acionárias no exterior.
Às 12h30, o Ibovespa perdia 0,25 por cento, a 50.341 pontos, após subir 0,53 por cento no melhor momento pela manhã.
O volume financeiro somava 1,75 bilhão de reais.
A cena política segue inspirando cautela, particularmente sobre os efeitos no ajuste fiscal, assim como o movimento do dólar frente ao real, que voltou a se aproximar dos 3 reais.
"Vivemos um daqueles momentos em que o risco se sobrepõe ao retorno como foco das estratégias. E não tem como ser diferente", escreveu o analista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital Markets, em nota a clientes.
"A crise política traz ameaça à governabilidade e por tabela pode comprometer seriamente o ajuste fiscal em andamento, o que jogaria o país numa séria crise econômica, com rebaixamento de rating e expressiva fuga de capitais", avalia.
Em Wall Street, o índice Standard & Poor's 500 avançava 0,24 por cento, após fechar em queda nas últimas duas sessões, em meio a números maiores que o esperado de pedidos iniciais de auxílio-desemprego.
No Brasil, as ações da Embraer despencavam desde a abertura após resultados fracos no quarto trimestre de 2014 e projeções da empresa para este ano que desapontaram analistas.
Os papéis recuavam 7,88 por cento, após entrarem em leilão diversas vezes por oscilação máxima permitida, tendo alcançado na mínima até agora queda de 13,5 por cento.
As preferenciais da Vale caíam 1,81 por cento nesta sessão, quando os preços do minério de ferro foram negociados abaixo de 60 dólares por tonelada na China, no nível mais baixo em cerca de seis anos, com Pequim endurecendo a luta contra a poluição e fechando algumas siderúrgicas.
Petrobras, que vem dominando o noticiário em razão da operação Lava Jato, que investiga denúncias de corrupção na estatal, não mostrava um rumo definido. Neste início de tarde, as preferenciais subiam 0,33 por cento.
O setor de alimentos e bebidas ajudava a amortecer a pressão negativa, com Ambev, que tem forte peso no índice, avançando 1,1 por cento, além de ganhos em papéis como BRF e JBS.
As siderúrgicas seguiam na ponta positiva, com o dólar valorizado frente ao real dando suporte para ganhos em papéis como Gerdau, que subia 1,92 por cento.
Ainda da safra de balanço, CCR subia 1,32 por cento, após fechar o quarto trimestre com avanço de 25,3 por cento no lucro líquido ante o mesmo período do ano anterior.