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Índice mantém trajetória negativa com adiamento da Petrobras

Adiamento da divulgação do balanço se somava à ansiedade do mercado sobre a indefinição quanto à equipe econômica do governo e a números macroeconômicos fracos

Bovespa: Ibovespa perdia 1,38 por cento às 12h05, a 51.132 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2014 às 11h35.

São Paulo - O adiamento da divulgação do balanço da Petrobras se somava à ansiedade do mercado sobre a indefinição quanto à futura equipe econômica do governo e a números macroeconômicos fracos e mantinha a bolsa brasileira em trajetória de baixa nesta sexta-feira.

Também em função de ações de companhias que divulgaram seus números trimestrais, o Ibovespa perdia 1,38 por cento às 12h05, a 51.132 pontos. O giro financeiro era de 1,5 bilhão de reais.

As ações preferenciais da Petrobras, que já haviam perdido 3,6 por cento na véspera em meio à temores de que a companhia não entregasse seu balanço até esta sexta-feira, ampliavam a baixa neste pregão com a confirmação da notícia.

A estatal disse que pretende aprofundar as investigações referentes as denúncias de corrupção feitas pelo ex-diretor de Abastecimento na operação Lava Jato da Polícia Federal e estima divulgar as informações contábeis até 12 de dezembro.

"Todas estas denúncias de corrupção e seus desdobramentos comprometem a análise das operações da empresa e, sem dúvida, fazem os investidores imputarem um expressivo desconto às ações", afirmaram analistas da Planner em relatório, acrescentando que preocupava ainda o risco das penalidades que a empresa possa sofrer pelo atraso na entrega do balanço no Brasil ou no exterior. Analistas da XP Investimentos afirmaram que o adiamento é "muito ruim institucionalmente para o país".

A desconfiança gerada pelo anúncio da estatal se somava à contínua ansiedade pela divulgação dos nomes que integrarão a futura equipe econômica do governo. "É uma constatação entre quem compra ações no curto prazo de que se está correndo risco demais sem ter informações sobre a equipe" disse o diretor técnico da Apogeo Investimentos, Paulo Bittencourt.

No cenário macroeconômico, o noticiário também era negativo: as vendas no varejo brasileiro desaceleraram alta em setembro, a 0,4 por cento, e o Brasil fechou 30.283 vagas formais de trabalho em outubro, segundo dados do Caged. Foi o primeiro resultado negativo para esses meses na série histórica iniciada em 1999.

No cenário corporativo, as ações da construtora e incorporadora Rossi Residencial, do grupo mineiro de eletricidade Cemig e da Companhia Siderúrgica Nacional caíam com força após as companhias divulgarem seus balanços do terceiro trimestre.

A Rossi teve prejuízo de de 265,1 milhões de reais, vendas fracas e elevação de despesas; o lucro líquido da Cemig desabou 96 por cento na comparação anual e a CSN reverteu lucro para prejuízo de 250,4 milhões de reais em meio à queda nos preços do minério de ferro. No sentido oposto, se destacavam as ações das companhias de papel e celulose Suzano e Fibria, que se beneficiam da alta do dólar ante o real.

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São Paulo - O adiamento da divulgação do balanço da Petrobras se somava à ansiedade do mercado sobre a indefinição quanto à futura equipe econômica do governo e a números macroeconômicos fracos e mantinha a bolsa brasileira em trajetória de baixa nesta sexta-feira.

Também em função de ações de companhias que divulgaram seus números trimestrais, o Ibovespa perdia 1,38 por cento às 12h05, a 51.132 pontos. O giro financeiro era de 1,5 bilhão de reais.

As ações preferenciais da Petrobras, que já haviam perdido 3,6 por cento na véspera em meio à temores de que a companhia não entregasse seu balanço até esta sexta-feira, ampliavam a baixa neste pregão com a confirmação da notícia.

A estatal disse que pretende aprofundar as investigações referentes as denúncias de corrupção feitas pelo ex-diretor de Abastecimento na operação Lava Jato da Polícia Federal e estima divulgar as informações contábeis até 12 de dezembro.

"Todas estas denúncias de corrupção e seus desdobramentos comprometem a análise das operações da empresa e, sem dúvida, fazem os investidores imputarem um expressivo desconto às ações", afirmaram analistas da Planner em relatório, acrescentando que preocupava ainda o risco das penalidades que a empresa possa sofrer pelo atraso na entrega do balanço no Brasil ou no exterior. Analistas da XP Investimentos afirmaram que o adiamento é "muito ruim institucionalmente para o país".

A desconfiança gerada pelo anúncio da estatal se somava à contínua ansiedade pela divulgação dos nomes que integrarão a futura equipe econômica do governo. "É uma constatação entre quem compra ações no curto prazo de que se está correndo risco demais sem ter informações sobre a equipe" disse o diretor técnico da Apogeo Investimentos, Paulo Bittencourt.

No cenário macroeconômico, o noticiário também era negativo: as vendas no varejo brasileiro desaceleraram alta em setembro, a 0,4 por cento, e o Brasil fechou 30.283 vagas formais de trabalho em outubro, segundo dados do Caged. Foi o primeiro resultado negativo para esses meses na série histórica iniciada em 1999.

No cenário corporativo, as ações da construtora e incorporadora Rossi Residencial, do grupo mineiro de eletricidade Cemig e da Companhia Siderúrgica Nacional caíam com força após as companhias divulgarem seus balanços do terceiro trimestre.

A Rossi teve prejuízo de de 265,1 milhões de reais, vendas fracas e elevação de despesas; o lucro líquido da Cemig desabou 96 por cento na comparação anual e a CSN reverteu lucro para prejuízo de 250,4 milhões de reais em meio à queda nos preços do minério de ferro. No sentido oposto, se destacavam as ações das companhias de papel e celulose Suzano e Fibria, que se beneficiam da alta do dólar ante o real.

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