Mercados

Bovespa fecha em queda de 1,4% seguindo exterior

Principal índice da bolsa terminou o dia em baixa de 1,52%, a 55.962 pontos, renovando a mínima desde 14 de agosto

DR

Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2014 às 18h00.

São Paulo - A Bovespa fechou em queda nesta quinta-feira, sem conseguir sustentar o seu principal índice acima dos 56 mil pontos nos ajustes finais do pregão, em sessão influenciada pelo quadro externo negativo e expectativa sobre novas pesquisas eleitorais.

O Ibovespa terminou o dia em baixa de 1,52 por cento, a 55.962 pontos, renovando a mínima desde 14 de agosto, quando fechou a 55.780 pontos. O volume financeiro do pregão somou 6,27 bilhões de reais.

O prenúncio de que a trégua da véspera não duraria veio do noticiário chinês. O preço do minério de ferro voltou a cair, a mineradora BHP Billiton minimizou as chances de recuperação do preço da commodity e o consumo chinês de aço caiu pela primeira vez em 14 anos.

Os papéis da Vale, que tinham se recuperado nos últimos dois pregões, fecharam em queda, embora longe da mínima da sessão.

Wall Street também pressionou, com o índice S&P 500 quebrando importante suporte técnico e registrando seu maior declínio em um único dia desde julho, em meio à alta do dólar para o maior nível em quatro anos e queda das ações da Apple.

Agentes no mercado ainda citaram deterioração do quadro geopolítico no Oriente Médio e rumores relacionados a um projeto de lei enviado ao parlamento russo, que permitiria o confisco de ativos de estrangeiros na Rússia, como fatores para o mau humor nos mercados externos.

Sempre as Eleições

Da cena eleitoral, o foco manteve-se principalmente na pesquisa Datafolha que deve sair a partir de sexta-feira.

"O mercado está aguardando ansiosamente o Datafolha, com percepção de que o tempo televisivo do PT realmente tem sido um fator de desequilíbrio na corrida eleitoral", disse o operador Quantitas Asset Management Thiago Montenegro.

Pesquisa da Reuters com estrategistas e analistas divulgada nesta quinta-feira mostrou que se a presidente Dilma Rousseff (PT) for reeleita, o Ibovespa deve fechar o ano em 50 mil pontos, segundo a mediana das projeções.

Se Dilma perder a eleição, o índice deve subir a 63.770 pontos.

Papéis que têm sido afetados pela dinâmica eleitoral, como as ações da Petrobras e do setor financeiro, entre eles Itaú Unibanco e Bradesco , sustentaram perdas nesta sessão, respondendo pela principal pressão negativa no índice.

Após o fechamento do mercado, pesquisa Vox Populi mostrou Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, com 42 por cento das intenções de votos na simulação de segundo turno contra 41 por cento de Marina Silva (PSB).

Banco do Brasil seguiu pressionado após reportagem da véspera do jornal Valor Econômico de que o Fundo Soberano do país pode ter de vender ações do BB para ajudar o Tesouro Nacional.

Do noticiário corporativo, Eletropaulo fechou em alta, embora longe da máxima da sessão. Na terça-feira, a Reuters publicou que a distribuidora de energia obteve liminar contra decisão da Aneel que obrigou a empresa a ressarcir consumidores em cerca de 626 milhões de reais.

Texto atualizado às 17h58min do mesmo dia.
Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Nvidia supera consenso e tem lucro de US$ 16,6 bilhões no 2º tri; ações caem

“É o setor mais promissor do Brasil”: a maior aposta da Kinea na bolsa

Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, atinge marca histórica de US$ 1 tri em valor de mercado

Hyundai recompra US$ 3 bilhões em ações e quer dobrar linha de híbridos

Mais na Exame