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Bovespa fecha em queda com baixa de mais de 3% da Vale

Índice recuou 1,15 por cento, para 53.353 pontos, com resistência técnica e guiado pela Vale


	Vale: ações preferenciais da companhia perderam mais de 3% pela queda do preço do minério de ferro na China
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Vale: ações preferenciais da companhia perderam mais de 3% pela queda do preço do minério de ferro na China (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2014 às 17h55.

São Paulo - O principal índice da Bovespa caiu pouco mais de 1 por cento nesta segunda-feira, enfrentando resistência técnica e guiado pela Vale, cujas ações preferenciais perderam mais de 3 por cento em dia de queda do preço do minério de ferro na China.

O Ibovespa recuou 1,15 por cento, para 53.353 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 8,7 bilhões de reais, inflado pelo exercício de opções sobre ações, que movimentou 3,086 bilhões de reais, segundo a BM&FBovespa.

As ações preferenciais da Vale recuaram 3,3 por cento, arrastando para baixo os papéis da Bradespar, que tem participação na mineradora.

Dados do mercado imobiliário da China corroboraram temores sobre a desaceleração econômica do principal destino das exportações da Vale, enquanto o preço do minério de ferro caiu abaixo de 100 dólares a tonelada no mercado à vista chinês.

Na sexta-feira, o Credit Suisse já havia cortado o preço-alvo do ADR da mineradora por conta das expectativas fracas para o preço do minério.

Por sua vez, o Citi divulgou relatório nesta segunda afirmando que o impacto de curto prazo da queda do preço da commodity nos resultados da empresa deve ser substancial e que os dividendos de 2016 estão sob risco na ausência de melhoria operacional.

Além de ter sido afetado pela preocupações sobre a China, o Ibovespa tem encontrado resistência técnica nas últimas semanas, o que colaborou para o dia de baixa.

"A bolsa está com uma dificuldade muito grande para passar dos 54 mil pontos e não consegue ficar positiva em 12 meses", disse o analista sênior do BB Investimentos, Hamilton Alves. O Ibovespa acumula baixa de cerca de 3,3 por cento nos últimos 12 meses.

"Os balanços das principais empresas foram bons, mas as expectativas chegaram no limite. Agora o índice travou nesse patamar", disse Alves, acrescentando que se o índice superar a resistência atual, encontrará outro bloqueio em 56.700 pontos.

As ações da Fibria tiveram a maior queda do dia, de 4,69 por cento, após o Goldman Sachs ter rebaixado a recomendação da empresa para "neutra" diante do enfraquecimento das expectativas para o ciclo de preços da celulose e da estabilização do dólar em cerca de 2,20 reais.

Na ponta positiva, foram destaques as ações da mineradora MMX e da empresa de educação Estácio Participações.

Texto atualizado com informações do fechamento do mercado às 17h53min do mesmo.

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