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'Índice do medo' dispara mais de 10% com volta de temores sobre covid-19

Bolsas de valores chegam a cair 3% no exterior, enquanto investidores aumentam posição em ativos defensivos

Painel de cotações | Foto: d3sign/Getty Images (d3sign/Getty Images)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 8 de julho de 2021 às 09h25.

Última atualização em 8 de julho de 2021 às 12h25.

Também conhecido como " índice do medo " por mensurar a volatilidade das opções americanas, o Vix chegou a subir 13,5% na manhã desta quinta-feira, 8, no mercado de futuros dos Estados Unidos. Com isso, o VIX chegou à máxima desde o último dia 21, quando a sinalização de que o Federal Reserve (Fed) pretende subir juros antes de 2024 ainda era digerida pelos investidores.

Desta vez, porém, o Fed está longe de ser o maior problema. Após a ata de sua última decisão monetária ter acalmado o mercado na véspera, temores de que a recuperação da economia global não seja tão forte quanto a esperada tem causado aversão ao risco nesta manhã. E o motivo da preocupação tem um nome: Delta, a variante do coronavírus que tem reacendido debates sobre lockdown na Europa e provocado novas restrições na Ásia e Oceania.

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"A variante Delta explica o mercad0 mais preocupado com a recuperação econômica no segundo semestre. As bolsas, quando estão trabalhando nas máximas, precisam apenas de um pequeno catalizador para uma realização de lucros", disse Bruno Lima, analista-chefe de ações do BTG Pactual Digital, na Abertura de Mercado desta quinta.

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No mercado acionário, os principais índices americanos caem mais de 1%, com destaque para a queda do Russell 2000, mais ligado à recuperação da economia local, que cai 2%. Na Europa, as quedas são ainda mais acentuadas, com o índice pan-europeu Stoxx 50 despencando 2,7%, enquanto a bolsa de Milão já toca 3% de queda.

Com a maior aversão ao risco no mercado, investidores buscam refúgio em ativos defensivos. Com a forte demanda pelos títulos do Tesouro americano, o rendimento do T-10, inversamente proporcional à procura, chegou a despencar 5%. Já o dólar se fortalece contra moedas emergentes, ainda que a preferência tenha sido por outras moedas desenvolvidas, como o iene e o euro, que sobem em relação ao dólar.

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