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Ibovespa tem forte queda com avanço de Dilma em pesquisas

O principal índice da Bovespa não tocava os 54 mil pontos desde meados de julho deste ano


	Bovespa: às 14h37, o Ibovespa caía 3,98%, a 54.937 pontos, tendo alcançado 54.124 pontos na mínima
 (Getty Images)

Bovespa: às 14h37, o Ibovespa caía 3,98%, a 54.937 pontos, tendo alcançado 54.124 pontos na mínima (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 14h49.

São Paulo - A bolsa paulista sustentava perdas expressivas na tarde desta segunda-feira, após novo avanço da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, na corrida presidencial, com as ações da Petrobras despencando mais de 9 por cento.

Às 14h37, o Ibovespa caía 3,98 por cento, a 54.937 pontos, tendo alcançado 54.124 pontos na mínima até o momento, com queda de 5,4 por cento.

O principal índice da Bovespa não tocava os 54 mil pontos desde meados de julho deste ano. Incluindo a perda nesta sessão, o Ibovespa já devolveu toda a alta de agosto (9,78 por cento) e um pouco mais, acumulando um declínio em setembro de 10,34 por cento.

O volume financeiro do pregão somava 6 bilhões de reais.

Na sexta-feira, Datafolha mostrou que Dilma praticamente dobrou sua vantagem sobre Marina Silva (PSB) nas intenções de voto para o primeiro turno e passou a ter vantagem numérica sobre a ex-senadora em simulação de segundo turno.

Também na sexta-feira à noite, pesquisa Sensus mostrou cenário semelhante.

"A pesquisa mostrou Dilma mais forte e voltou a especulação de uma decisão ainda no primeiro turno... Deu uma desanimada geral no mercado", observou Frederico Ferreira Lukaisus, gerente de renda variável na Fator Corretora.

"A queda no índice futuro desencadeou várias ordens de stop loss (execução de ordens de venda para evitar perdas maiores) e o que se viu foi o conhecido efeito manada", notou.

Analistas e profissionais do mercado financeiro preferem uma mudança de governo, por defenderem alteração da política econômica.

Em nota a clientes, Marco Aurélio Barbosa, analista da CM Capital Markets, destacou que o mercado seguirá atento ao cenário eleitoral, com o foco voltado para novas pesquisas e o debate entre os presidenciáveis na Rede Globo na quinta-feira.

Entre as várias pesquisas registradas para os próximos dias, há levantamentos Ibope e Datafolha que podem ser divulgados já na terça-feira. Nesta segunda-feira à tarde, será conhecida pesquisa CNT/MDA.

"Não lembro de ter visto um mercado tão volátil como ultimamente por conta do cenário político...", acrescentou Lukaisus, que tem 18 anos de experiência no mercado financeiro.

Ações sensíveis à dinâmica eleitoral despencavam, com Petrobras na dianteira, tento recuado mais de 10 por cento na mínima.

As ações da estatal fecharam com quedas de dois dígitos pela última vez em novembro 2008, no auge da crise financeira.

Em Nova York, aos ADRS da Petrobras também recuavam com força, com outros papéis brasileiros também sofrendo, como Vale, Gol e Ambev.

O quadro externo pouco ajudava a abrandar o forte movimento de vendas das ações brasileiras, com Wall Street dando sequência à queda da semana anterior conforme investidores monitoravam os distúrbios civis em Hong Kong, em busca de sinais de potencial impacto sobre o crescimento chinês.

Na China, os preços do minério de ferro no mercado à vista ampliaram perdas para menos de 78 dólares por tonelada nesta segunda-feira.

As ações da Vale , contudo, recuavam cerca de 1 por cento apenas, mesmo após ter anunciado que fechará com a japonesa Sumitomo a mina de carvão Isaac Plains em Queensland, na Austrália, por causa dos preços baixos.

A disparada do dólar, também em meio à reação dos agentes à cena eleitoral, ajudava alguns papéis a flertar com o campo positivo ou ter suas perdas minimizadas, entre eles Embraer, Fibria e Suzano.

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