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Ibovespa tem 6ª queda em 7 pregões

Índice cedeu 0,87%, a 58.676 pontos, menor patamar em 12 sessões, contabilizando em setembro um declínio de 4,26%


	Bovespa: no ano, o ganho ainda é de quase 14 por cento
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Bovespa: no ano, o ganho ainda é de quase 14 por cento (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2014 às 18h03.

São Paulo - A Bovespa fechou no vermelho pelo quinto pregão consecutivo nesta terça-feira, em mais uma sessão volátil, com especulações de que novas pesquisas eleitorais mostrem um quadro mais acirrado na disputa pela Presidência da República.

A revisão da perspectiva de rating do Brasil, de "estável" para "negativa", pela agência de classificação de risco Moody's também ocupou a atenção dos investidores.

O Ibovespa cedeu 0,87 por cento, a 58.676 pontos, menor patamar em 12 sessões, contabilizando em setembro um declínio de 4,26 por cento, com queda em seis de sete pregões. Em agosto, o índice havia acumulado alta de 9,78 por cento. No ano, o ganho ainda é de quase 14 por cento.

O volume financeiro da sessão somou 8,94 bilhões de reais.

Pesquisa CNT/MDA mostrou a ex-ministra Marina Silva (PSB) e a presidente Dilma Rousseff (PT) empatadas tecnicamente em um eventual segundo turno, com 45,5 por cento e 42,7 por cento, respectivamente.

Agora o foco está voltado para os números do Datafolha, que foi a campo na véspera e nesta terça-feira. A pesquisa deve ser conhecida apenas na quarta-feira, no Jornal Nacional.

"O mercado segue receoso com a evolução das pesquisas, em particular diante de tantas especulações sobre mais levantamentos mostrarem empate no segundo turno", disse o gestor na Canepa Asset Management, Eduardo Roche.

A menor chance de reeleição da presidente Dilma Rousseff indicada em pesquisas recentes vinha impulsionando a Bovespa, entre outros fatores, por expectativas de menor intervenção em empresas estatais e em alguns setores da economia sinalizada pelos candidatos de oposição.

Com novos levantamentos mostrando um quadro mais disputado, muitos investidores preferem embolsar os lucros.

As ações da Petrobras, que têm reagido ao noticiário atrelado ao panorama eleitoral e acumularam em agosto elevação pouco acima de 20 por cento, mostraram volatilidade antes de fecharem em queda.

As preferenciais da estatal oscilaram entre alta de 2,26 por cento e queda de 2,67 por cento.

O Fundo Verde do Credit Suisse disse em relatório que vê possibilidade de 70 por cento de Marina ganhar as eleições, mas observou que, se eleita, ela herdará um quadro econômico e social muito complicado e sem ampla base no Congresso que lhe garanta governabilidade.

A queda nas ações do Itaú Unibanco e do Bradesco corroboraram o viés negativo. Em relatório recente, o Goldman Sachs citou que as eleições de outubro parecem ser o principal guia para os papéis de bancos brasileiros.

Do noticiário corporativo, acionistas da Portugal Telecom aprovarem na véspera em assembleia geral a fusão com a Oi. Mas as ações da operadora brasileira não sustentaram o avanço inicial, em meio à realização de lucros e especulações sobre o valor de uma possível oferta de compra pela TIM Participações.

Na contramão, as ações da Vale figuraram entre as poucas altas do índice, apesar de os preços do minério de ferro no mercado à vista da China renovarem mínimas de cinco anos. No mês até a véspera, a ação preferencial da mineradora ainda acumula queda de 4,5 por cento.

Em nota a clientes, o BTG Pactual disse não ver fundamento para a alta, dado que minério continua pressionado.

"Nossa impressão é que o movimento parece ser mais técnico. Vimos muitos investidores vendendo Vale para comprar Petrobras ao longo das últimas semanas e, com os resultados da pesquisa hoje, achamos que parte desse movimento parece ter vindo de investidores desfazendo o trade."

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