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Ibovespa sobe na contramão de NY e caminha para encerrar mês no positivo

Embargo da União Europeia ao petróleo russo faz commodity superar US$ 123 e motiva busca por petrolíferas na bolsa

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 31 de maio de 2022 às 10h49.

Última atualização em 31 de maio de 2022 às 17h32.

Ibovespa hoje: o principal índice da bolsa brasileira segue em direção oposta ao mercado internacional nesta terça-feira, 31. Desta vez, para cima. O Ibovespa sobe impulsionado pela Petrobras, enquanto os principais índices de ações caem mundo afora, com investidores repercutindo dados de inflação acima do esperado na Europa.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Zona do Euro de maio, divulgado nesta manhã, ficou em 0,8% ante consenso de 0,6% de alta. O IPC avançou de 7,4% para 8,1% na comparação anual, ficando acima da expectativa de 7,7% de inflação para os 12 meses.

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Os temores sobre as pressões inflacionárias na Europa ganham um tom ainda mais pessimista com a forte apreciação de commodities nos últimos dias. O petróleo Brent com vencimento em julho é negociado em alta, acima de US$ 123, com investidores reagindo à sexta rodada de sanções da União Europeia sobre a Rússia, acordada na última noite.

Ações de petrolíferas são destaque de alta nesta sessão, com investidores prevendo receitas mais robustas. A Petrobras, com a segunda maior participação do Ibovespa, sobe mais de 1% e ajuda a dar o tom positivo ao índice. Mas são as petrolíferas privadas que registram os maiores ganhos. Isso porque as preocupações sobre o risco político inerente à estatal seguem como ponto de cautela. Mesmo com a expressiva valorização do petróleo desde o início da semana passada, as ações da Petrobras ainda acumulam queda no período.

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No câmbio, o real volta a ser destaque, com o dólar caindo para próximo de R$ 4,71. O movimento ocorre na contramão da alta do dólar contra moedas desenvolvidas e emergentes. Vale lembrar que hoje é o último dia do mês, em que as negociações sofrem interferência da "briga da Ptax” (taxa referência para contratos de câmbio), em que os comprados em dólar tentam jogar o preço da moeda para cima e os vendidos, para baixo. A Ptax é calculada diariamente, mas costuma ficar mais volátil no último pregão do mês porque essa última Ptax será utilizada para contratos cambiais do mês seguinte.

Dados econômicos desta manhã também contribuem para o apetite ao risco no mercado local. O Brasil registrou superávit primário de R$ 38,9 bilhões em abril ante consenso da Bloomberg de R$ 30,1 bilhões de superávit. Outra surpresa positiva veio da taxa de desemprego, que caiu de 11,1% para 10,5%. A expectativa era de queda para 10,9%.

Destaques de ações

As ações da Marfrig (MRFG3) saltam mais de 5% e ficam entre os destaques de alta do dia após o empresário Marcos Molina aumentar sua participação na empresa.

A MMS, holding por meio da qual Molina e a esposa controlam a Marfrig, acaba de romper a barreira dos 50% de participação no frigorífico – os controladores da Marfrig já detinham 49,72% dos papéis da empresa, e agora possuem 50,04%.

A BRF (BRFS3), comprada pela Marfrig, acompanha a alta.

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