Bovespa: às 11h26, o Ibovespa subia 1,1 por cento, a 49.248 pontos (Marcos Issa/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2014 às 10h48.
São Paulo - A Bovespa trabalhava no azul na manhã desta quinta-feira, pelo segundo pregão consecutivo, acompanhando o viés positivo nos principais mercados globais, após o banco central norte-americano prometer na véspera ser "paciente" na normalização da política monetária nos Estados Unidos.
Bolsas na Ásia fecharam em alta, movimento acompanhado pelos índices acionários na Europa, após o S&P 500 registrar na véspera o melhor dia desde outubro de 2013.
Os futuros acionários em Nova York seguiam em alta nesta sessão. Às 11h26, o Ibovespa subia 1,1 por cento, a 49.248 pontos. O volume financeiro do pregão somava 966,6 milhões de reais.
"O comunicado do Fed serviu como gatilho para reverter o movimento forte de aversão a risco das últimas duas semanas, marcando um fundo na depreciação de preços nas commodities, principalmente o petróleo", disse o operador Thiago Montenegro, da Quantitas Asset Management.
"Vejo nossa recuperação bem dentro deste contexto de tomada de risco com ênfase em mercados emergentes", acrescentou. As ações de Itaú e Bradesco respondiam por relevante parte da alta no índice local, mas eram os papéis da Petrobras que guiavam os ganhos, em meio à nova alta do petróleo e expectativa de eventual mudança na direção da estatal.
Profissionais do mercado atrelavam o desempenho a movimentos técnicos e desmonte de posições vendidas. As ações da companhia, que está no centro de um escândalo de corrupção, ainda acumulam perdas superiores a 20 por cento no mês e 35 por cento em 2014.
O setor siderúrgico continuava entre os destaques da ponta positiva do Ibovespa, desta vez com Gerdau à frente, após analistas do Bank of America Merrill Lynch elevarem a recomendação do papel para "compra", embora tenham reduzido o preço-alvo para 12 reais. Gol também teve a recomendação elevada para "compra" pelo BofA ML, que vê o impacto da queda do petróleo prevalecendo sobre os efeitos da depreciação cambial. A ação da companhia aérea avançava 2,6 por cento.
Na ponta negativa do Ibovespa, o declínio do dólar frente ao real enfraquecia ações de empresas que se beneficiam da depreciação cambial, como as exportadoras Fibria e Suzano Papel e Celulose, além de Embraer.
O movimento no câmbio ofuscava algum eventual impacto positivo sobre os papéis da fabricante de aeronaves da aprovação no Congresso de medida provisória que cria um plano de desenvolvimento da aviação regional. As ações do Grupo Pão de Açúcar recuavam 0,56 por cento, após a rede francesa de varejo Carrefour confirmar a venda de 10 por cento da sua subsidiária brasileira a Abilio Diniz, ex-presidente do Conselho de Adminitração do GPA.