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Ibovespa recua e termina semana estável

O Ibovespa fechou em queda, encerrando a semana praticamente estável, com destaque para a expectativa relacionada à divulgação do balanço auditado da Petrobras


	Bovespa: os papéis ordinários da Petrobras terminaram o dia com alta de 0,68%
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bovespa: os papéis ordinários da Petrobras terminaram o dia com alta de 0,68% (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2015 às 18h20.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em queda nesta sexta-feira, encerrando praticamente estável uma semana dominada por expectativas relacionadas à divulgação do balanço auditado de 2014 da Petrobras, previsto para o próximo dia 22.

O Ibovespa caiu 1,32 por cento, a 53.954 pontos, encerrando a semana com declínio de 0,48 por cento.

No mês de abril, ainda contabiliza um ganho de 5,48 por cento. O volume financeiro nesta sexta-feira somou 6,4 bilhões de reais.

Os papéis ordinários da Petrobras terminaram o dia com alta de 0,68 por cento e os preferenciais com avanço de 0,62 por cento, acumulando na semana altas de 12,17 e 10,07 por cento, respectivamente.

Profissionais do mercado atribuíram boa parte do movimento das ações da estatal nos últimos dias a compras para cobertura de posições vendidas e ao vencimento dos contratos de opções sobre ações na próxima segunda-feira na Bovespa.

Os papéis da Petrobras costumam estar entre as séries mais líquidas do exercício de opções.

E o vencimento deste mês acontece na véspera de um feriado nacional e na antevéspera da divulgação dos números audidatos da estatal. No mês de abril, as ações preferenciais da estatal acumulam alta de 33,7 por cento e as ações ordinárias de 38,5 por cento.

Nesta sexta, contudo, o avanço de Petrobras foi ofuscado pelo declínio dos bancos, com Banco do Brasil à frente, fechando em baixa de 4,81 por cento, enquanto Itaú Unibanco e Bradesco, que têm peso grande no índice, caíram 1,27 e 2,56 por cento, respectivamente.

Relatório da Fitch Ratings nesta sessão alertou que investigações anticorrupção novas e em andamento criaram um ambiente de litígio mais intenso que pode adicionar pressão desfavorável aos bancos no curto prazo.

O setor siderúrgico foi destaque negativo ao passar por uma correção de baixa, após forte alta nos últimos pregões por notícias ligadas a disputas na Usiminas, que envolve também a CSN, que tem participação na concorrente. A CSN fechou em queda de 7,15 por cento neste sessão, enquanto a Usiminas recuou 4,2 por cento. Gerdau terminou em baixa de 3,74 por cento.

Em nota a clientes, o banco BTG Pactual ainda citou notícia da publicação especializada do setor siderúrgico SBB que produtores de aços planos no Brasil estariam dando alguns descontos pontuais nos últimos dias. E o Instituto Aço Brasil (IABr) informou que a produção brasileira de aço bruto em março caiu 7,4 por cento ante mesmo mês do ano passado.

CCR e Ecorodovias também ficaram entre as maiores quedas, com baixas de 4,13 e 3,21 por cento, respectivamente, em meio a expectativas sobre a regulamentação da isenção de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios em estradas federais.

A queda em bolsas no exterior referendou o viés negativo na Bovespa, em meio a incertezas sobre potenciais efeitos de mudanças nas regras regulatórias na China relacionadas a operações de vendas a descoberto de ações, negociações sobre a dívida grega e balanços abaixo do esperado. O índice S&P 500 fechou em queda de 1,13 por cento, maior queda percentual diária desde o dia de 25 de março.

*Texto atualizado às 18h20

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