Ibovespa opera sem viés e com menos aversão a risco no exterior
Às 12:09, o Ibovespa caía 0,24%, a 71.223 pontos. O giro financeiro era de R$ 4,4 bilhões
Reuters
Publicado em 20 de junho de 2018 às 14h29.
Última atualização em 20 de junho de 2018 às 14h36.
São Paulo - O principal índice acionário da B3 operava sem viés definido nesta quarta-feira, perdendo o fôlego após o movimento de recuperação iniciado na véspera, apesar da diminuição da aversão a risco no exterior, enquanto a cautela com incertezas político-eleitorais locais seguia no radar.
Às 12:09, o Ibovespa caía 0,24 por cento, a 71.223 pontos. O giro financeiro era de 4,4 bilhões de reais.
No front doméstico, o viés positivo ganhava respaldo das expectativas por votações na Câmara dos Deputados, como a do cadastro positivo e do projeto de cessão onerosa, além da aposta na manutenção da taxa básica de juros pelo Banco Central nesta sessão.
O cenário eleitoral seguia incerto, embora alguns agentes de mercado tenham avaliado positivamente o mais recente levantamento do Instituto Paraná feito apenas no Estado de São Paulo. Os dados mostram que o pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) liderava numericamente com 21,4 por cento das intenções de votos em cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seguido por Geraldo Alckmin (PSDB) com 18,4 por cento.
"Novas pesquisas eleitorais parecem mais a favor da situação, com Alckmin melhor", disse um operador de uma corretora nacional, acrescentando, no entanto, que ainda há muitas incertezas em torno do processo eleitoral.
No exterior, a diminuição da cautela em relação a uma guerra comercial entre Estados Unidos e China trazia algum alívio, com o índice de ações de mercados emergentes MSCI em alta de 0,59 por cento. No entanto, analistas destacam que o tema ainda é sensível.
"Nada indica que estas iniciativas (de imposição de tarifas) serão revertidas pelo governo dos EUA, muito pelo contrário", escreveram analistas da Guide Investimentos em nota a clientes.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON avançavam 3,11 por cento e 2,97 por cento, respectivamente, em dia de alta para os preços do petróleo no mercado internacional e com a expectativa de votação na Câmara dos Deputados do projeto de cessão onerosa.
- LOJAS RENNER ON subia 1,72 por cento, tendo no radar a melhora na recomendação dos papéis para outperform, com o preço-alvo de 37 reais ao final de 2019, feita pelos analistas do Itaú BBA.
- B2W ON subia 3,58 por cento, MAGAZINE LUIZA ON avançava 2,35 por cento e LOJAS AMERICANAS PN ganhava 0,82 por cento, em sessão positiva para o varejo como um todo, com analistas vendo perspectivas favoráveis para o setor e diante da expectativa de manutenção da taxa básica de juros.
- BRADESCO PN ganhava 0,15 por cento, ajudando a manter o tom positivo no Ibovespa devido ao peso em sua composição. Já ITAÚ UNIBANCO PN tinha baixa de 0,51 por cento, ajudando a tirar algum ímpeto do índice também devido ao peso desses papéis.
- BRF ON caía 1,74 por cento, tendo como pano de fundo a notícia do jornal Valor Econômico, de que a empresa iniciou este mês venda de participação que detém no frigorífico Minerva com um prejuízo contábil que supera 40 por cento. Os papéis da Minerva, que não figuram no Ibovespa, subiam 0,78 por cento.