Bolsa: às 10h16, o Ibovespa cedia 0,37%, aos 43.853,12 pontos (Nelson Almeida/AFP/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 28 de dezembro de 2015 às 10h11.
São Paulo - A Bovespa abriu em queda nesta segunda-feira, 28, voltando ao patamar de 43 mil pontos.
Na última sexta-feira, o índice havia recuperado o nível de 44 mil pontos. Às 10h16, o Ibovespa cedia 0,37%, aos 43.853,12 pontos.
Petrobras exibe perdas superiores a 2% neste início de pregão e Vale cai pouco mais de 1,5%. O giro financeiro soma R$ 70 milhões, com previsão de fechar o dia em R$ 2,73 bilhões, mas deve engordar um pouco depois da abertura em Wall Street.
O mercado doméstico está de olho no recuo das commodities e também das bolsas internacionais.
Além disso, a questão fiscal doméstica continua no horizonte e é um desestímulo aos investidores a tomar posições nesta reta final do ano.
A agenda está relativamente tranquila nessa segunda-feira, com destaque para a divulgação do resultado primário do Governo Central de novembro e para o encontro da presidente Dilma Rousseff com os ministros da Junta Orçamentária, Jaques Wagner (Casa Civil), Nelson Barbosa (Fazenda) e Valdir Simão (Planejamento).
Na pauta, o fechamento das contas de 2015 a fim de quitar as chamadas pedaladas fiscais, estimadas em R$ 57 bilhões.
Como pano de fundo, Luis Gustavo Pereira, economista da Guide Investimentos, comentou que o mercado está de olho nos desdobramentos do noticiário dos últimos dias, que não trouxeram informações muito positivas.
"Vi que o governo pode mudar a meta de inflação de 4,5% para 5,5% e que a Petrobras pode vir a reduzir o preço da gasolina. É uma péssima sinalização para os investidores", comentou.
No caso do preço do combustível, embora haja espaço para a estatal baixar os preços já que mira o comportamento externo, "não teria nenhum sentido no atual contexto da empresa", disse o especialista ao citar o noticiário da semana passada.
Sobre a meta de inflação, a sinalização, segundo Pereira, é de que o governo estaria trabalhando para impedir o Banco Central de subir a taxa de juros no próximo ano. "O mercado já está desconfiado da nova equipe econômica e esse tipo de notícia só traz mais desconforto", emendou.