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Ibovespa hoje: Bolsa fecha em queda mesmo com alta em Wall Street

Índices de Nova York viraram para alta após reação inicialmente negativa aos dados da inflação

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 13 de outubro de 2022 às 10h35.

Última atualização em 13 de outubro de 2022 às 17h51.

O Ibovespa teve um dia conturbado nesta quinta-feira, 13, após um pregão iniciado em território negativo que conseguiu voltar para o azul logo após o meio dia, mas que acabou fechando no vermelho. A mudança de rota do principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo seguiu o começo de recuperação das bolsas de Nova York, mas acabou fechando em queda.

  • Ibovespa: - 0,17%, 114.633 pontos

No mercado internacional, os principais índices de Wall Street iniciaram o dia em forte queda, com investidores reagindo negativamente aos dados da inflação americana, mudaram de direção após os primeiros negócios do pregão. As Bolsas na Europa fecharam também em território positivo, após um dia começado negativamente.

  • EuroStoxx 600 (Europa): + 0,91%
  • Nasdaq (EUA): + 2,60%
  • S&P 500 (EUA): + 2,23%
  • Dow Jones (EUA): + 2,83%

O dólar, por sua vez, se manteve estável, com uma leve alta de 0,02%, cotado a R$ 5,27.

  • Dólar: + 0,02% - R$ 5,27

Inflação nos EUA não assusta os mercados americanos

O pregão em Wall Street terminou positivo mesmo com a divulgação da inflação nos Estados Unidos. O Índice de Preço ao Consumidor americano (CPI, na sigla em inglês) saiu o dobro do esperado para o mês de setembro, saltando 0,4%. No acumulado de 12 meses, o CPI desacerou de 8,3% para 8,2%, mas ficou acima do consenso de queda para 8,1%. Os núcleos do CPI também ficaram acima das projeções, com alta mensal de 0,6% e anual de 6,6%.

"A principal surpresa foi no núcleo da inflação. Pela perspectiva do Fed, o CPI de setembro fortalece o argumento para permanecer hawkish. Em nossa opinião, o Fed precisa desacelerar significativamente o mercado de trabalho para trazer a inflação de volta à meta", avalia o Bank of America em relatório  sobre a inflação americana.

Logo após a divulgação dos dados, investidores chegaram a precificar a chance de uma alta de juros mais forte na próxima reunião do Fed, de 1 ponto percentual. Porém, segundo monitor do CME Group, a chance de uma alta mais agressiva em novembro voltou a 0% após as reações iniciais. Mas para dezembro as apostas de mais um ajuste de 0,75%, antes precificada com 34% de chance, seguem com probabilidade acima de 50% nesta tarde.

"O CPI veio muito pior do que nossa expectativa e se configura em elemento novo no colo do FOMC. Nosso cenário considera mais 0,75 p.p. de alta em novembro e 0,50 p.p. em dezembro, mas o dado de hoje aumenta significativamente a chance de outra alta de 0,75 p.p. na última reunião do ano", disse Débora Nogueira, economista-chefe da Tenax Capital.

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Ação em destaque

A Braskem (BRKM5) volta a liderar as altas do Ibovespa nesta quinta, em continuidade do movimento do último pregão, quando saltou 20% em reação às notícias sobre a oferta da gestora americana Apollo pela companhia. Segundo a Exame In, o preço por ação seria de R$ 47 por ação corrigido por algum índice de mercado a ser definido. Os papéis saltam 10% nesta tarde.

Gol (GOLL4) obtém financiamento para compra de novos motores

Nesta quinta-feira, a Gol (GOLL4) informou que obteve uma linha de financiamento de US$ 80 milhões com a Apollo PK AirFinance para comprar nove motores spare da fabricante franco-americana CFM.

Os motores da CFM são utilizados nos modelos Boeing 737, que compõem a frota da companhia aérea brasileira, e também em modelos da Airbus. Os nove motores novos são compostos por 1 LEAP-1B25 e 8 CFM56-7B27 que equiparão as frotas de Boeing 737-MAX e Boeing 737-NG, respectivamente, explica a empresa.

A entrega está prevista ainda para este ano. Segundo a Gol, a transação irá proporcionar flexibilidade operacional adicional para a renovação da frota e apoiará o aumento da produtividade e redução dos custos unitários.

O mercado, todavia, não gostou da operação e a ação acabou fechando em queda de 3,75%, aos R$ 9,75.

Cyrela (CYRE3): Vendas crescem 67% no 3º trimestre

A Cyrela (CYRE3) alcançou R$ 2,286 bilhões em vendas contratadas no terceiro trimestre, 67,4% acima das realizadas no mesmo período do ano passado. O montante também representa crescimento em relação ao trimestre anterior, quando as vendas ficaram em R$ 1,622 bilhão.

Os números foram divulgados em prévia operacional nesta quinta. No acumulado do ano, as vendas encerraram setembro em R$ 5,22 bilhões, 31,9% acima dos nove primeiros meses de 2021. Cerca da metade das vendas do trimestre foram de lançamentos, 44% do estoque em construção e 3% de vendas do estoque pronto.

Foram feitos 14 lançamentos no terceiro trimestre com valor geral de vendas (VGV) de R$ 2,928 bilhões, 33,1% superior na comparação anual. A participação da Cyrela nos lançamentos foi de 73%, inferior à apresentada no mesmo trimestre de 2021, quando teve 90% de participação. O VGV de lançamentos da Cyrela acumulado no ano está em R$ 6,292 bilhões. O percentual é de 38,3% acima do mesmo período de 2021. Excluindo as permutas, o VGV dos nove primeiros meses do ano foi de R$ 4,412 bilhões.

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