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Ibovespa fecha em firme alta com Fed e revisão da Moody's

Bolsa volta de feriado em alta após Jerome Powell afastar risco de alta de juros nos EUA

Ibovespa: mercado brasileiro reage positivamente às falas de Powell (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Publicado em 2 de maio de 2024 às 10h34.

Última atualização em 2 de maio de 2024 às 17h29.

O Ibovespa fechou o pregão desta quinta-feira 2, em alta de 0,95% a 127.122 pontos. O tom positivo é reflexo de dois fatores principais: o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, que afastou a possibilidade de um aumento de juros por lá e a mudança da perspectiva econômica do Brasil de ‘estável’ para ‘otimista’ pela agência de classificação de risco Moody’s.

Ibovespa hoje

Na tarde de quarta-feira, 1, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) se reuniu para decidir o rumo da nova política monetária e optou por manter a taxa de juros inalterada entre 5,25% e 5,5% ao ano. De imediato, investidores não ficaram muito satisfeitos, visto que entre o final do ano passado e o começo deste, investidores chegaram a precificar mais de 70% de chance do Fed iniciar o ciclo de corte de juros ainda na reunião de março, o que não aconteceu.

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Entretanto, após o anúncio da manutenção da taxa de juros, Powell, em seu discurso, afastou a possibilidade de haver aumento nos juros americanos neste ano, em um tom ‘dovish’ (mais ameno). As falas agradaram os mercados, com o a bolsa brasileira voltando em alta do feriado do Dia do Trabalho.

Outro fator que sustenta a bolsa brasileira no azul é a avaliação da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de riscos Moody's. A agência reiterou que a nota permanece em Ba2, porém ajustou a perspectiva da economia brasileira de estável para positiva. Esta é a primeira alteração desde 2018, quando a perspectiva foi modificada de negativa para estável.

Segundo a Moody’s, as projeções de crescimento do Brasil são mais sólidas do que nos anos anteriores à pandemia. Isso é respaldado pela implementação de reformas estruturais em diferentes gestões, além da presença de barreiras institucionais que diminuem a incerteza em relação à direção política futura.

"A mudança da perspectiva para positiva é sustentada pela avaliação da Moody's de que um crescimento mais robusto, combinado com um progresso contínuo, embora gradual, em direção à consolidação fiscal, pode permitir a estabilização da carga da dívida do Brasil. Contudo, existem riscos para a execução por parte do governo da consolidação fiscal contínua", informou a agência.

Balanços

O investidores também repercutiram divulgações dos balanços do primeiro trimestre. Os destaques foram os resultados do Bradesco (BBDC4) e WEG (WEGE3), que saíram nesta manhã

O Bradesco (BBDC4) encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido recorrente de R$ 4,211 bilhões. Ainda que 1,6% menor que o do mesmo intervalo do ano passado, o resultado foi 46,3% acima do registrado no quarto trimestre de 2023. As ações preferenciais do banco fecharam com queda de 1,21%.

Apesar do dia positivo, as ações da WEG também foram penalizadas pelo balanço trimestral, encerrando o dia em queda de 1,71%. A companhia registrou um lucro líquido de R$ 1,33 bilhão no primeiro trimestre, 1,6% acima do mesmo período do ano passado e 23,9% abaixo do trimestre anterior. A diferença expressiva em relação ao trimestre anterior é justificada, em parte, pelo reconhecimento dos incentivos fiscais referentes à constituição de uma nova controlada na Suíça. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,77 bilhão, 2% abaixo do consenso da Bloomberg.

Resultados no horizonte

Na temporada de balanços, o mercado aguarda a divulgação dos números do primeiro trimestre de 2024 da Apple, nos Estados Unidos, que devem sair após o fechamento de mercado. Por aqui, pós-pregão, Gerdau (GGBR4), Metalúrgica (GOAU4), Iguatemi (IGTI11), e EzTec (EZTC3) divulgam seus números.

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